A Embrapa e a Fundação MT estão lançando, na semana do 27º aniversário da Embrapa, uma nova cultivar de algodoeiro herbáceo com resistência múltipla às principais doenças da cultura na região, inclusive a ramulose. O algodão Antares tem produtividade de 3.226 quilos por hectare e ciclo de 60 dias até o florescimento e de 130 a 150 dias para colher. Além da alta produtividade, permite reduzir em 20% os custos de produção.

Estão disponíveis 60.000 sacos de sementes que permitirão aos cotonicultores implantar 90.000 hectares de algodão Antares, já neste primeiro ano. Será dada prioridade aos produtores que estão com problemas sérios de doença e, como conseqüência, altos custos de produção.

Historicamente, o cultivo de algodão nos Cerrados tinha baixos níveis de produtividade. Os trabalhos da Embrapa, em parceria com produtores e outras instituições privadas, como a Fundação MT, permitiram a modernização da cultura. Passou a ser utilizada tecnologia de ponta, com total mecanização, inclusive da colheita, utilização de insumos, manejo de pragas e de ervas daninhas.

Hoje estão implantados na região mais de 400 mil hectares de algodão mecanizados, um produto de alta qualidade e com competitividade internacional. Nos últimos anos, enquanto a área com algodão no Brasil caia, nos Cerrados e no Nordeste ela cresceu. Em Mato Grosso e Goiás, a área plantada dobra praticamente a cada safra. Apenas no Mato Grosso, a cotonicultura gerou cerca de dez mil novos empregos.

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