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Lançada a ervilha verde Axé!

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, está lançando uma nova cultivar de ervilha verde, batizada de Axé. Desenvolvida especialmente para a agroindústria, ela pode também ser destinada ao mercado de grãos verdes debulhados, prestando-se também, dessa forma, à agricultura familiar. Sua comercialização é feita de duas formas: em grãos verdes enlatados ou grãos verdes debulhados.

A Axé possui produtividade maior que as cultivares existentes no mercado: cerca de 7 mil kg/hectare foram colhidos nas regiões de Brasília, Patos de Minas e Iraí de Minas, tanto em ensaios quanto em áreas comerciais. Outra vantagem da Axé é a sua alta produtividade de massa verde (produto para alimentação animal), acima das 50 ton/ha. Esse material é de alto valor protéico. A nova cultivar demonstrou ainda ser mais resistente ao oídio, doença que ataca as lavouras de ervilha e que provoca grandes perdas.

O lançamento da ervilha verde Axé, desenvolvida pela Embrapa Hortaliças, ocorrerá na próxima quinta-feira, 13 de julho, durante o Dia-de-Campo, às 9 horas, na Fazenda Antagordense, em Iraí, Minas Gerais. Pesquisadores da Embrapa Hortaliças vão apresentar a produtores aspectos de cultura, manejo de doenças, manejo da irrigação e formas de processamento da ervilha verde.

Mercado e história – Apelidada de "ouro verde" pelos produtores, o quilo da ervilha verde debulhada custa hoje o mesmo que o filet mignon, R$ 17, nos supermercados da capital federal. O mercado de ervilhas no Brasil está dividido em dois grupos: o de ervilha seca, que pode ser vendida seca ou reidratada ao consumidor; e o de ervilha verde, que é consumida em saladas ou pratos frios, e do qual o Brasil é basicamente importador (principalmente da Argentina). Esse tipo de ervilha também pode ser enlatada ou congelada, imediatamente após a colheita.

A produção mundial em 1999 foi de 7 milhões de toneladas de ervilhas verdes. Os maiores produtores mundiais são Índia (2 milhões), China (1,1 milhão) e Estados Unidos (1 milhão), segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). No Mercosul, os maiores produtores são Peru, com produção de 68 mil toneladas; e Chile, com produção de 30 mil toneladas. O Brasil fica bem atrás, com uma produção em torno de 2 mil toneladas.

A ervilha verde, da família das leguminosas, é bastante nutritiva. Possui mais cálcio e vitaminas que o feijão, por exemplo. É rica em vitamina A, B, C, cobre, cálcio, fósforo, ferro e potássio. Esse tipo de ervilha é bastante consumido nos Estados Unidos e Europa, onde não é considerada mero enfeite, mas consumida como um dos pratos do cardápio.

Originária de regiões frias, a ervilha verde faz parte da alimentação humana desde o século XVIII. Acredita-se que tenha se originado no Oriente Médio. Sementes de 5 mil anos foram encontradas na lama ressecada de um lago suíço. Além de contribuírem na alimentação humana, as ervilhas também colaboraram com a Ciência: foi com sementes de ervilha que o padre Gregor Mendel descobriu as leis da hereditariedade.

Jornalista: Michele Costa - MTb 1270/DF Embrapa Hortaliças Brasília - DF Fone: 61-385.9038 Email: sac@cnph.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Hortaliças 

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