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Embrapa da Bahia tem novo chefe geral

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O presidente da Embrapa, Alberto Duque Portugal, empossa na quinta-feira, dia 27 de julho, o novo chefe geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, o engenheiro agrônomo Mário Augusto Pinto da Cunha. A solenidade de posse ocorre na sede da empresa, em Cruz das Almas (BA) e deve contar ainda com a presença de autoridades do governo baiano, prefeitos e políticos da região.

Ele vai administrar pela segunda vez um dos centros de pesquisa agronômica mais antigos do Nordeste, uma das 39 unidades descentralizadas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que traz em sua história, de consideráveis 50 anos, o fato de ser mais antiga que a própria estatal do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que só possui 27 anos.

O fitomelhorista encontra nessa sua segunda experiência à frente da chefia geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura uma empresa que usa suas raízes como a principal ferramenta na semeadura de um campo fértil, mas arriscado, como sempre foi qualquer atividade dentro desse universo que hoje chamamos "agronegócio".

Comandando um time composto por mais de 60 pesquisadores e 200 empregados, com um orçamento anual de cerca de R$ 10 milhões, esse agrônomo formado pela Escola de Agronomia da UFBA e especialista em melhoramento genético de plantas, tem pela frente desafios interessantes.

Terá, por exemplo, que consolidar a autonomia do centro de pesquisa em relação ao financiamento dos trabalhos que realiza com abacaxi, acerola, banana, citros, mamão, manga, maracujá e mandioca. Hoje, do montante financiado diretamente pelo governo federal, quase 90% se destina apenas à folha de pagamento do pessoal.

Em contrapartida Mário Augusto está sentado no mais alto posto de um centro de pesquisa estratégico para o agronegócio nacional: só a fruticultura movimenta hoje mais de R$ 11 bilhões do PIB brasileiro. A mandioca responde por cerca de outros R$ 2,5 bilhões. Juntos são responsáveis pela geração de quase cinco milhões de empregos no campo brasileiro.

A mandioca, apesar de ser considerada uma cultura de subsistência, tem um papel histórico e indispensável em programas nacionais e estrangeiros de segurança alimentar. A fruticultura tropical, por sua vez, tornou-se o ramo da agricultura que mais cresce, tanto em área de cultivo, quanto no mercado de exportações.

Depois de agregar um vasto estoque tecnológico para o manejo da cultura da mandioca nas regiões semi-áridas, a Embrapa Mandioca Fruticultura, nessa nova gestão, deverá partir para uma ação mais concentrada nos processos industrias da cultura, passando a atuar mais pesadamente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde as fecularias já apresentam uma lista considerável de demandas a serem respondidas pela pesquisa. Com relação à fruticultura, Mário Augusto e sua equipe deverão partir para uma ação mais pontual junto aos pólos de desenvolvimento, principalmente aqueles juntos aos perímetros irrigados, como os do Vale do São Francisco e do Norte de Minas Gerais.

A unidade baiana da Embrapa já é uma referência mundial no uso de biotecnologias para o melhoramento genético de plantas, tanto em frutas como em mandioca. O novo administrador deve estimular o investimento nessas áreas e incentivar ainda seus pesquisadores nos trabalhos com o controle biológico de pragas e na metodologia da pesquisa participativa, envolvendo diretamente os agricultores e extensionistas no trabalho de investigação em campo.

Jornalista Dalmo Oliveira Área de Comunicação Empresarial-ACE Embrapa Mandioca e Fruticultura Cruz das Almas - Bahia - Brasil Caixa Postal 007 - CEP:44.380-000 Telefone: (75) 721.2120 - Ramal 215 Fax: (75) 721.1118 - Celular (75) 9143.9803 Internet: http://www.cnpmf.embrapa.br/jornal/index.htm Email: dalmo@cnpmf.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\A Instituição 

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