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Frango colonial é alternativa para pequenos produtores

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O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, por meio de sua vinculada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vai lançar na Expointer 2000, o Frango Colonial Embrapa 041. Trata-se de frango de corte tipo colonial para criações semi-confinadas e agroecológicas, atendendo à normatização oficial para criações coloniais de aves. Apesar de apresentar características coloniais, o Embrapa 041 preserva todas as vantagens do frango comercial, como o controle sanitário e qualidade de carne. Essa característica faz com que não haja qualquer interferência da criação do frango colonial sobre o status sanitário de granjas convencionais próximas, um problema que apresentavam as aves coloniais até pouco tempo. "O Embrapa 041 segue os mesmos procedimentos de biossegurança das granjas integradas", garante o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC), Elsio Figueiredo, responsável pelo projeto que desenvolveu o frango.

Segundo ele a especialização da avicultura fez com que a produção do frango industrial ficasse restrita a produtores com alta capacidade de investimento. Já para os pequenos produtores ficou a opção de apostar em nichos de mercado, como o que demanda produtos agroecológicos.

Foi com a proposta de auxiliar pequenas propriedades, cooperativas de famílias assentadas e prefeituras municipais interessadas em montar pequenos abatedouros (com inspeção municipal) que a Embrapa desenvolveu o Frango Colonial 041, que deve ser integrado (com lotes que variam de 100 a 1000 aves, alojadas em instalações já existentes) a outras atividades dentro da propriedade, tais como suinocultura, bovinocultura de leite, fruticultura, piscicultura e horticultura.

O Embrapa 041 alcança idade de abate aos 84 dias, com peso vivo de 2,4 kg. É um cruzamento entre raças pesadas de corte e raças semi-pesadas de postura, sendo portanto menos exigente e mais tardio que o frango de corte industrial. Resultados de comparação entre o Embrapa 041 e marcas comerciais também coloniais, para peso vivo e conversão alimentar aos 84 dias, mostraram que o frango da Embrapa é tão eficiente quanto os demais nos itens analisados.

Até os 28 dias recomenda-se que os pintos nascidos do novo frango sejam criados com os mesmo cuidados de aquecimento, alimentação e controle sanitário dos frangos de corte confinados. A partir dessa idade, as aves podem ficar soltas (num espaço chamado de piquete, parque ou pastagem) e receber alimentação alternativa, como pasto verde picado ou inteiro, hortaliças, frutas, tubérculos e grãos. Há necessidade, todavia, de balancear a alimentação fornecida.

A forma como é criado o Embrapa 041 e sua composição genética fazem com que a pele se torne mais pigmentada (amarela), a carne seja menos gordurosa, mais saborosa e mais consistente, não se desmanchando na hora de cozinhar. A carne do frango colonial é indicada principalmente para pratos cozidos, como sopas, risotos e frango ao molho.

Os pesquisadores que criaram o frango colonial recomendam aos produtores associarem-se a outros avicultores para fazer o abate e manter um contrato de fornecimento com supermercados e feiras livres.

Jornalista da Embrapa na Casa da Tecnologia (Expointer): Sandra Zambudio - MTb 939/81/PR Mais informações com o jornalista Jean Carlos Porto Vilas Boas Souza Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC) Fone: (49) 442-8555  

Tema: A Embrapa\Gente 

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