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Novo clone de cajueiro anão precoce atende consumo "in natura"

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Mudas do clone BRS 189 serão comercializadas para viveiristas
Um caju mais doce, com coloração mais atrativa e próprio para o consumo "in natura" são algumas das características do novo clone de cajueiro anão precoce (BRS 189) que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, lançou no último dia 25 . O lançamento foi feito pelo diretor-presidente, Alberto Duque Portugal, durante solenidade de abertura simultânea da VII Frutal 2000 (Semana Internacional de Fruticultura e Agroindústria) e do XVI Congresso Brasileiro de Fruticultura, em Fortaleza (CE).

O consumidor não terá acesso ao produto imediatamente. Por enquanto, a tecnologia será transferida para os viveiristas, que multiplicarão o material genético, desenvolvido para comercialização, junto aos produtores e agroindústrias. A expectativa é de que, em três anos, o caju resultante do clone BRS 189 chegue à mesa do consumidor.

Mais cor, doçura e tempo de prateleira

O novo clone requereu 10 anos de estudos e foi desenvolvido, especialmente, para o cultivo irrigado e para o consumo de mesa ("in natura"). Para isso, os pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical estudaram atributos e características capazes de atrair a atenção dos consumidores. Uma das características marcantes do BRS 189 é a sua coloração avermelhada. Já está comprovado que essa tonalidade é atrativa pela beleza.

Outra característica muito importante está na textura da polpa do pedúnculo. Durante os testes, apresentou resistência superior aos clones que estão no mercado. Mesmo sem a realização de estudo sobre o tempo de vida de prateleira do pedúnculo, desde a colheita até chegar ao consumidor, a expectativa atual é de que poderá ser maior, devido à consistência da polpa.

Além dessas qualidades, o novo clone apresentou melhor índice de doçura no pedúnculo (ºBrix 13) e menor teor de taninos, que são as substâncias que provocam o travo na garganta. Outra vantagem fundamental é a sua produção distribuída ao longo do ano, em cultivo irrigado. Isso possibilita a oferta da fruta de forma constante. O peso e o formato estão dentro das especificações do mercado, possibilitando o acondicionamento de quatro ou cinco cajus numa única bandeja. Contudo, estima-se que o consumidor somente poderá saborear o novo clone dentro de três anos, quando se iniciarem as primeiras colheitas comerciais. A partir do lançamento, a Embrapa Agroindústria Tropical formará cadastro de viveiristas que irão multiplicar as mudas do BRS 189.

Os produtores de mudas interessados em investir no novo clone deverão estar credenciados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento como viveiristas. A Embrapa Agroindústria Tropical negociará o repasse da tecnologia. Mais informações poderão ser obtidas com a Área de Negócios Tecnológicos, pelo telefone (85) 299-1800 ou pelo correio eletrônico: negócios@cnpat.embrapa.br.

Mais informações para a redação Chefe de P&D da Embrapa Agroindústria Tropical - Levi de Moura Barros: (85) 299-1951 Assessor de Imprensa: Franzé Ribeiro ( MT 753/03/359): (85) 299-1907/9989-1518  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas\Tropicais 

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