01/09/00 |

Pesquisa ensina como acrescentar ferro em farinhas de trigo

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, deu início a projeto, em conjunto com o Ministério da Saúde, para a adição de ferro em farinhas de trigo e milho. Com a iniciativa, a Embrapa Agroindústria de Alimentos dará todo o suporte técnico às indústrias para o acréscimo de 30% das necessidades diárias de ferro de um adulto, em cada 100 gramas de farinha de trigo ou milho. Para isso, serão realizadas visitas às indústrias e será produzido um manual de garantia de qualidade para a adição de ferro.

A adição de ferro em farinhas de milho e trigo faz parte de um projeto maior do Ministério da Saúde, que tem como objetivo diminuir a anemia ferropriva e o déficit de outros nutrientes na população. Segundo estudos locais já realizados, a anemia é predominante em mulheres grávidas, pré-escolares – de todas as classes sociais - e atualmente até em adolescentes, vorazes consumidores de fast-food, pobres em nutrientes.

Segundo Denise Coitinho, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, cerca de 50% das crianças menores de 5 anos têm anemia. Em gestantes este índice chega a 30%. As farinhas de trigo e de milho, pelo seu largo consumo, foram identificadas como veículos adequados para a estratégia de fortificação alimentar. Nos Estados Unidos a adição de ferro foi obrigatória de 1940 a 1970 e atualmente é voluntária. Na América Latina, 22 países já fazem a fortificação de ferro.

"No primeiro ano, o trabalho será voltado para as indústrias de farinhas. No segundo ano, se for comprovada uma carência nacional no consumo de vitamina A, como já foi constatado no Nordeste, está prevista a adição do nutriente nos óleos vegetais e margarinas", afirma Marília Regini Nutti, Chefe Geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos. "Isso é parte de um compromisso social firmado entre governo, representantes das indústrias e da sociedade para resolver um grave problema nutricional sem aumentar o preço dos produtos fortificados. É preciso a sensibilização das indústrias, pois a adição de ferro não será obrigatória por lei", acrescenta.

Segundo Denise Coitinho, até agora 20 marcas de farinha foram registradas como fortificadas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Jornalista: Elisângela Santos (Mtb: 19.500) Área de Comunicação Empresarial – ACE – Embrapa Agroindústria de Alimentos Tel: (021) 410-7488 /7472 - Celular: (021) 9112 7284 E-mail: elis@ctaa.embrapa.br

 

Tema: Atividades Temáticas\Tecnologia Agroindustrial 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/