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Lançados dez clones de guaraná

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através de seu programa de melhoramento genético do guaranazeiro, vai lançar e recomendar para o plantio no Estado do Amazonas, dia 29 de novembro, 10 novos clones de guaraná. De acordo com as pesquisas, estes clones podem contribuir para o desenvolvimento da cultura, com aumento da quantidade e da qualidade da produção estadual desse fruto, que é considerado de grande importância econômica e social na região.

Os novos clones vão se somar aos 12 já lançados pela Embrapa Amazônia Ocidental no ano passado. Conforme o pesquisador de Genética e Melhoramento de Guaraná da Embrapa, André Atroch, a estratégia é colocar no mercado novas opções aos produtores, que podem escolher o grupo de clones que melhor servir para sua plantação.

Além de serem resistentes à antracnose, a principal vantagem dos novos clones é a alta produtividade: mais de 1,5 quilo de sementes por planta contra uma média regional de 200 gramas por planta. Três dos clones que serão lançados apresentam ramos curtos, o que permite obter uma maior densidade de plantas por hectare.

Os 10 novos clones somados aos dois lançados pela Embrapa no ano passado, irão garantir a diversidade genética da cultura no Amazonas, impedindo o avanço da antracnose, que está causando perdas totais de produção. As principais vantagens destes novos clones, obtidos pelo método de estaquia (reprodução sexuada), são: o tempo de formação da muda clonada é de 7 meses, enquanto que, a muda tradicional, por semente, demora 12 meses para ficar pronta e ir ao campo; possuem tolerância à doença antracnose. Por outro lado, as plantas tradicionais são severamente atacadas por esta doença, que causa perdas de até 100% da produção. A produtividade é 10 vezes maior do que a produtividade das plantas tradicionais; os clones possuem precocidade para o início da produção, em média, de 2 anos, contra 4 anos das plantas tradicionais; a produção comercial estabiliza-se após 3 anos do plantio no caso dos clones, e em 5 anos nas plantas tradicionais e a sobrevivência dos clones no campo, após um ano do plantio, supera 90% e, nas plantas provenientes de sementes, geralmente está abaixo de 80%.

Curso

A Embrapa Amazônia Ocidental vai realizar, de 6 a 9 de novembro de 2000, reunião técnica com pesquisadores de todo o país que trabalham com a cultura do guaraná. O evento tem por finalidade promover a discussão sobre o programa atual de pesquisa, potencialidades econômicas, estratégias de controle de doenças, manejo da cultura e também utilização dos novos clones.

Participam da reunião, pesquisadores da Embrapa na região Norte, membros da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Pará, Mato Grosso e Bahia, além de técnicos da Empresa Guaran'apis e Ituberá, da Bahia.

Após a reunião, será ministrado um minicurso pelos pesquisadores André Luiz Atroch e Manoel Cravo, que atuam com a cultura no Amazonas. Haverá visitas ao viveiro e experimentos de melhoramento de guaraná, do Campo da Embrapa.

Mais informações; Embrapa Amazônia Ocidental Jornalista José Tupinambá– 114 DRT/AM Email: maria@cpaa.embrapa.br  

Tema: Ecossistema\Trópico Úmido 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/