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São Paulo adota tecnologia validada no Nordeste

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A Embrapa Mandioca e Fruticultura estará realizando, juntamente com seus parceiros, um dia-de-campo para citricultores do Estado de São Paulo, no dia sete de dezembro, na Fazenda Cambuhy, do Grupo Marchesan, no município de Matão. "É o primeiro dia-de-campo com a cultura, na tentativa de transferir aos produtores paulistas uma experiência que vem dando resultados positivos nos pomares da Bahia e de Sergipe", diz o pesquisador José Eduardo Borges de Carvalho, que desenvolveu a tecnologia.

A idéia é levar aos produtores de citros uma alternativa que pode aumentar em até 48% a produtividade de suas culturas, e reduzir em aproximadamente 49% os custos com o controle de mato. A técnica consiste na utilização de leguminosas como cobertura vegetal nas entrelinhas dos citros, associada ao uso de herbicida a base de glifosate para a dessecação do mato.

Eduardo explica que o feijão-de-porco foi a leguminosa que apresentou os melhores resultados nas condições dos pomares na Bahia e em Sergipe, mas para os pomares paulistas está sendo indicado também as chamadas "coberturas de inverno", como palhadas e outras culturas utilizadas pelos citricultores do Sudeste.

Diferentemente dos solos coesos predominantes nas regiões citrícolas do Nordeste, a produção de laranja em São Paulo está estabelecida em solos com características diferenciadas dos tabuleiros costeiros e por isso os pesquisadores da estatal do Ministério da Agricultura também estão incentivando os produtores a diminuir o número de subsolagem e, portanto, a presença de máquinas nos pomares, para evitar o processo de compactação dos terrenos.

Eles verificaram que em solos muito comprimidos as raízes do laranjal não conseguem se aprofundar adequadamente, o que acaba prejudicando um melhor absorção de águas retidas no subsolo. É nesse momento que as leguminosas têm um papel importante: Com raízes mais agressivas elas acabam furando as camadas compactadas, facilitando o trabalho de penetração das raízes dos pés de laranja.

"Na prática a pesquisa busca solucionar problemas com as perdas de vazios no solo por compactação; redução da infiltração e armazenamento de água no solo; menor desenvolvimento do sistema radicular e a redução da produtividade e longevidade do pomar", detalha Eduardo.

Nos períodos mais secos do ano as leguminosas plantadas nas entrelinhas do laranjal são roçadas transformando-se numa oportuna cobertura vegetal, que ainda diminui a evaporação da água retida no solo, permitindo que os citros disponham de umidade por um período mais prolongado. O manejo da cobertura vegetal serve ainda para controlar a invasão de plantas daninhas nos pomares. Os herbicidas pós-emergentes, à base de glifosate, entram na receita como auxiliares no controle do mato que concorre pela água com a laranja.

Mais informações: Jornalista Dalmo Oliveira Área de Comunicação Empresarial Embrapa Mandioca e Fruticultura Cruz das Almas - Bahia - Brasil Caixa Postal 007 - CEP:44.380-000 Telefone: (75) 721.2120 - Ramal 215 Fax: (75) 721.1118 <http://www.cnpmf.embrapa.br/jornal/index.htm> <mailto:dalmo@cnpmf.embrapa.br>  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas\Tropicais 

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