01/04/01 |

Invasora do arroz acarreta perda de R$ 250 milhões todo ano

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Cerca de 19 milhões de sacos de arroz deixam de entrar no mercado todo ano em função da ocorrência da principal invasora do arroz cultivado no Rio Grande do Sul. O arroz daninho (vermelho e preto) deixa um rastro de prejuízo que supera 250 milhões de reais a todo ano, considerando-se as perdas em toda a cadeia produtiva do arroz, que envolve área de 950 mil hectares cultivados, cerca de 10 mil produtores em 92 municípios gaúchos.

Em cada hectare de produção de arroz, 20 sacos são perdidos em devido à invasora. A média histórica de 5 toneladas por hectare pode subir facilmente para 6 toneladas por hectare, desde que seja superada a barreira do arroz vermelho que, por ser, normalmente mais resistente e precoce que o arroz cultivado, pode ressemear e continuar no solo por vários anos. Em muitas lavouras do RS, o índice de ocorrência da invasora no solo é superior a l.000 semente/m², o que torna o cultivo do arroz impraticável.

"Estamos decretando guerra total ao arroz vermelho e preto no RS. Temos consciência que não é apenas uma prática que reverterá o problema da invasora. Testamos e estamos recomendando aos produtores uma artilharia pesada para combatê-la, como os manejos de solo e de culturas, mas o item principal é uma mudança de mentalidade do produtor de arroz", diz o pesquisador Algenor da Silva Gomes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

Gomes acrescenta que 70% das terras utilizadas para o cultivo do arroz no RS são arrendadas e não há uma boa sintonia de objetivos entre os arrendatário e proprietários de terras. Os plantadores buscam diminuir os custos da lavoura e não têm interesse em realizar práticas como o plantio direto, por exemplo. "Talvez por isso a área com plantio direto em arroz no RS não passe os 30% da área, embora no Brasil o sistema seja amplamente adotado, chegando a 12 milhões de hectares", diz o pesquisador.

O sistema plantio direto, o manejo do solo, irrigação por inundação, descompactação, sistema pré-germinado e outras práticas são objeto de apresentação da Expovárzea 2001, que acontece entre 5 e 7 de abril nas dependências da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), na Estação Experimental Terras Baixas.

Jornalista: Antônio Herbelê (MTb 6160) Embrapa Clima Temperado Fone: (53)275-8113; 275-8215 Fax: (53) 275-8219; 275-8221 E-mail: sac@cpact.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Eventos 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/