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Tecnologias atraem a atenção de produtores em Uberaba

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As recentes notícias da entrada de febre aftosa no Rio Grande do Sul pelas porteiras de Santana do Livramento, trazendo de volta ao Estado a vacinação para controle da doença, reforçam a necessidade de o Brasil promover um sistema eficaz de rastreamento da carne bovina. Uma das tecnologias que tem atraído a atenção dos produtores rurais ao estande do Ministério da Agricultura/Embrapa na Expozebu 2001, que acontece de 1º a 13 de maio em Uberaba, MG, é justamente a de identificação eletrônica de bovinos, proporcionada por um chip e que é a base do programa de rastreamento proposto pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Com o auxílio de um "software" de gerenciamento de rebanho e a disponibilização das informações geradas em um banco nacional de dados do rebanho brasileiro, o chip desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) é uma ferramenta importante em favor da defesa sanitária animal, que atua na prevenção e controle de doenças de impacto econômico, como febre aftosa e vaca louca.

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Pedro Paulo Pires, "com a identificação precisa dos animais e propriedades com foco de doença, a atuação fica concentrada e a região inteira não é prejudicada". Há pouco mais de um ano, às vésperas da certificação de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa, surtos da doença nos municípios de Naviraí e Porto Murtinho provocaram o isolamento sanitário do Estado inteiro por um ano (área tampão). Hoje, Mato Grosso do Sul é considerada área livre com vacinação, podendo comercializar gado em pé e não mais, somente, carne dessossada.

Programa de Melhoramento Genético/Geneplus – Geneplus é um programa de melhoramento genético animal, desenvolvido pela Embrapa, que se caracteriza por ser uma assessoria a produtores de gado de corte. Profissionais das áreas de ciências agrárias e computação, especializados em genética animal, produção animal e análise de sistemas trabalham em torno de desenvolver, juntamente com o proprietário e corpo técnico da fazenda, um programa mais adequado para cada realidade e que resulte em eficiência produtiva. Para facilitar o gerenciamento das informações vindas do campo, foi desenvolvido um "software", que possibilita, ainda, a formação de um banco de dados para as análises do melhoramento genético, embora qualquer outro software que disponibilize os dados necessários às análises possa ser usado na condução do Geneplus.

O Geneplus é mais uma tecnologia que a Embrapa apresenta aos produtores que visitam a Expozebu 2001 em Uberaba.

Novas forrageiras – A Embrapa Gado de Corte apresenta, na Expozebu 2001, ainda, duas novas cultivares de forrageiras: estilosantes Campo Grande e capi-Massai. O estilosantes Campo Grande é uma leguminosa que, consorciada com braquiária decumbens, proporciona um ganho de peso ao animal superior a 20%. Isso acontece devido ao alto teor de proteína desta leguminosa e por ela ser palatável. Na consorciação, o gado prefere a braquiária no período das águas e come mais a leguminosa no período seco. O estilosantes Campo Grande fixa em torno de 180 Kg de nitrogênio por hectare/ano, reduzindo ao produtor os custos com adubação nitrogenada. Respondendo bem a solos arenosos de média a baixa fertilidade.

O capim-Massai, por sua vez, é uma gramínea de múltiplo uso, podendo ser ofertada a bovinos, eqüinos e ovinos. Em testes de comparação com outros Panicuns, o capim Massai mostrou-se vantajoso por apresentar melhor cobertura de solo, melhor persistência em solos com baixos níveis de Fósforo, maior tolerância em áreas com grande concentração de alumínio e por apresentar mais resistência à cigarrinha-das-pastagens. Seu sistema de raízes é mais adaptado às condições adversas do solo, como a baixa fertilidade e a escassez de água. A média de 5 anos de avaliação desse material aponta que, sob pastejo, o capim Massai gera uma produtividade de 620 Kg de peso vivo por hectare ao ano. O nome Massai remete à tribo africana que habita o local de onde a gramínea é nativa. Esse Panicum foi coletado, pela primeira vez, em 1969, na Tanzânia – África Oriental, e trazido para o Brasil (coleção de panicuns da Embrapa Gado de Corte) em 1982.

Jornalista: Thea Tavares Embrapa Gado de Corte Telefone: (67) 921-9971 – (34) 3311-1617 E-mail: thea@cnpgc.embrapa.br http://www.cnpgc.embrapa.br Sala de Imprensa: http://www.cnpgc.embrapa.br/~thea/salaimprensa  

Tema: Produtos Agropecuários\Pecuária e Pastagens\Gado de Corte 

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