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Projeto pretende ensinar biotecnologia para alunos de escolas agrotécnicas

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Professores de duas escolas agrotécnicas do Rio Grande do Sul estão participando, durante o mês de maio, de um Curso Prático em Biotecnologias Vegetais, promovido pelo Programa Integrado de Biotecnologia Vegetal do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através de duas de suas Unidades, a Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS) e a Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves/RS), além da Universidade de Passo Fundo (UPF). O objetivo é levar ao conhecimento dos professores as mais modernas técnicas da biotecnologia, que serão repassadas aos alunos do ensino médio dessas escolas por meio da disciplina de biotecnologia ou em módulos.

A Biotecnologia pode ser definida como a manipulação de células e moléculas para a reestruturação dos genomas dos seres vivos em benefício do homem. Envolve a utilização de microorganismos como vírus, bactérias, leveduras e fungos, bem como plantas e animais, e possui aplicações na Agricultura, na Saúde e na Indústria.

Os professores que participaram do curso trabalham nas áreas de Biologia, Microbiologia e Fruticultura. A intenção, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Trigo Sandra Patussi Brammer, uma das coordenadoras do curso, é montar laboratórios de Cultura de Tecidos nessas escolas. A Escola Agrotécnica de Frederico Westphalen, que é uma unidade da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), já possui o projeto aprovado através do programa PROEP e os recursos do Governo Federal estão em fase de liberação para a implementação do Laboratório.

"Utilizando a técnica da micropropagação, será possível produzir mudas in vitro, que vão agregar vantagens como a limpeza viral e a produção em larga escala e curto período de tempo", destaca Sandra. Entre as culturas que possivelmente serão beneficiadas estão o morango e a batata, além de árvores frutíferas. "A escola poderá vender essas mudas aos agricultores da região, que muitas vezes encontram dificuldade em conseguir mudas sadias e, com o recurso conseguido, aplicar em melhorias na própria escola", afirma.

De acordo com dados publicados pelo Grupo Integrado de Biotecnologia do Rio Grande do Sul, a produção vegetal deste estado representa 25% das exportações primárias do Brasil, além de ser uma das mais importantes fontes de abastecimento interno. "O desenvolvimento e capacitação de grupos e equipes qualificadas, vai contribuir para acelerar a criação e transferência de novas tecnologias aplicadas à agricultura, tornando-a mais competitiva, pelo desenvolvimento de plantas mais eficientes ou mesmo a criação de novos produtos", complementa Sandra. A utilização de métodos adequados poderá facilitar a obtenção de produtividades mais elevadas, beneficiando o agricultor.

Jornalista: Magali Savoldi (MTb 8829/RS) Embrapa Trigo Fone: (54) 311.3444 Fax (54) 311.3617 E-mail: magali@cnpt.embrapa.br

 

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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