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Parceria vai recuperar áreas degradadas em aeroportos

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, assinará convênio com a Infraero na próxima sexta-feira (10 de agosto). O acordo possibilitará a recuperação de áreas degradadas em 19 aeroportos brasileiros, apontados, pela Infraero, como os mais críticos. Essa iniciativa faz parte de um plano de ação ambiental que envolve não só o controle de áreas com erosões, mas também o gerenciamento de resíduos sólidos, o tratamento de águas residuais e ações preventivas contra o derramamento de óleo ou combustíveis que contaminem o solo. A assinatura será às 14h, no Salão Nobre do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro (RJ).

O valor do investimento é de 722 mil reais e o prazo para execução dos serviços é de 42 meses. Até o fim do ano, a Embrapa já deverá ter finalizado um diagnóstico de causas e soluções para os problemas de degradação ambiental nos aeroportos previstos no contrato, cujos principais são: Goiânia, Belém, Brasília, Belo Horizonte (Confins e Pampulha), Rio de Janeiro (Antônio Carlos Jobim), João Pessoa, Porto Velho, São Luís, São Paulo (Guarulhos), Manaus, Cuiabá e Campo Grande.

As áreas dos aeroportos brasileiros caracterizam-se por extensas áreas que abrigaram obras civis de grande porte como escavações, aterro de estradas, drenagem etc, o que acaba levando a processos erosivos naturais. Desde novembro, a Embrapa está realizando um trabalho de recuperação em duas áreas pertencentes ao Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Uma delas, o Morro do Radar (onde estão instalados os radares do aeroporto), de 40 mil metros quadrados, sofre com a erosão e a formação de grandes crateras, conhecidas como voçorocas. Com a construção do segundo terminal do aeroporto, inaugurado no ano passado, a exploração de material argiloso na região causou um buraco de dez metros de profundidade e extensão de trinta mil metros quadrados. Segundo o coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa, Aloísio Granato, se nenhuma providência fosse tomada, a longo prazo estes danos poderiam comprometer o acesso ao aeroporto e entupir vias pluviais.

Uma das técnicas adotadas para a recuperação dessas áreas é a que se baseia na utilização de materiais disponíveis no próprio terreno (restos de obras, bambu, troncos de árvores) associado ao plantio de espécies vegetais rústicas e de crescimento rápido, previamente inoculadas com microorganismos para aumentar a absorção de nutrientes e água. Assim, esses vegetais adquirem características rústicas e adaptam-se a ambientes inóspitos.

Jornalista Elisângela Santos (Mtb: 19.500) e Carlos Dias (Embrapa Solos) Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Tel: (61) 448 4012/ 4113 e (21) 2274-4999 e-mail: elis@sede.embrapa.br  

Tema: Fatores e Insumos\Solos 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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