O tamanho das partículas de milho após a moagem é um dos fatores determinantes para o melhor desempenho dos suínos e aves e, conseqüentemente, para o bom desenvolvimento dessas duas atividades. Se a moagem for muito fina, pode causar úlceras no estômago dos suínos. Quando muito grossas, as partículas de milho diminuem a ação das enzimas digestivas, piorando a digestão. Durante a Expointer 2001, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lança o granulômetro, equipamento que tem por finalidade medir o tamanho das partículas do milho, após a trituração do produto nos moinhos. A tecnologia foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC) estudou o tamanho ideal das partículas do milho moído e as conclusões das várias pesquisas já desenvolvidas na Unidade resultou na proposta de se construir um equipamento que pudesse moer o grão dentro dos padrões ideais, facilitando o trabalho do produtor e garantindo melhores resultados dentro da propriedade.

O granulômetro passará a ser produzido em série pela Perozin Indústria Metalúrgica Ltda, a partir de uma parceria com a Embrapa Suínos e Aves. A Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP) apoiou a elaboração do equipamento. Outra vantagem do granulômetro é a redução do consumo de energia. Isso por que os motores passam a trabalhar menos tempo no processo de passagem do milho pelas peneiras do moinho.

Funcionamento - A determinação do tamanho das partículas ficava condicionada ao uso de um aparelho vibrador com peneiras especiais e a uma balança de precisão, o que dificultava o processo de medição. O granulômetro substitui toda a complicação de cálculos necessários e baseia-se na propriedade de que partículas moídas mais finamente tendem a se aproximar uma das outras, reduzindo espaços entre as partículas mais próximas.

Assim, o granulômetro tem por princípio comprimir as partículas de milho triturado através de um êmbolo de peso, o qual é acionado manualmente, elevando e soltando o martelo que corre junto a uma haste metálica por três vezes. Assim, ocorrerá maior compressão das partículas de milho mais finamente trituradas em relação àquelas mais grosseiramente moídas.

Segundo a Embrapa Suínos e Aves, a adoção do granulômetro pode trazer uma economia compreendida entre 20 e 27 quilos de ração por suíno. Considerando-se o custo médio da ração em R$ 0,243 por quilo, a economia por suíno terminado seria de R$ 4,86. Se apenas 10% das aves abatidas em 1999 na região Sul tivessem sido alimentadas com rações preparadas com base nas informações fornecidas pelo Granulômetro Embrapa/Perozin, a economia chegaria a R$ 327.814,00.

Jornalista Jean Carlos Porto jean@cnpsa.embrapa.br Fone - (49) 442-8555 Embrapa Suínos e Aves - www.embrapa.br