Mais de 50 espécies de peixes, entre as 280 que o Pantanal abriga, estão em exposição na 5ª Vitrine de Tecnologias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, localizada no Parque Estação Biológica, no final da W3 Norte, em Brasília.

Na Vitrine os visitantes encontrarão peixes comerciais e exóticos do Pantanal como Tambacu, Matrinchan, Piaussu, Pacu, Itui, Dojó, Carpas Coloridas e Capim, Paulistinha, Borboleta, Peixe-Disco, Kinguil, Bagre Albino, Tilápias Albinas, Oscar, Trico Azul e Ouro, Cascudos , Acará Bandeira, entre outros.

A pesca é a segunda maior atividade econômica do Pantanal, gerando recursos da ordem de R$ 40 milhões ao ano. A ocorrência do ciclo de inundação anual no Pantanal é o principal fator que condiciona a grande produção de peixes daquela região. A diversidade de habitats aquáticos possibilitou a ocorrência de grande número de espécies de peixes, que desenvolveram diferentes estratégias de vida e reprodução. Em função disso, os recursos pesqueiros constituem importante banco genético.

Além disso são importantes para o ecossistema de toda região, sendo os grandes estoques pesqueiros considerados como um dos maiores compartimentos de reserva viva de nutrientes e de energia do sistema. Entre outras funções, eles atuam como dispersores de sementes e constituem a alimentação básica para muitos componentes da fauna. As espécies de importância para a pesca encontram-se associadas às regiões de maior inundação. Nesses ambientes, ocorrem um dos fenômenos ecológicos mais espetaculares que a natureza proporciona no Pantanal; a concentração dos peixes em cardumes e a migração reprodutiva dos peixes rio acima, conhecida como "piracema".

A pesca é praticada em três modalidades principais: pesca de subsistência, integrada na cultura regional, que constitui importante fonte de proteína para as populações ribeirinhas; pesca esportiva, que se tornou o principal atrativo do turismo regional, especialmente no Mato Grosso do Sul; e pesca profissional, atividade tradicional, onde atuam pelo menos 3.500 pescadores em toda a região.

Encontram-se, ainda, cerca de 3.500 pescadores profissionais atuantes em todo o Pantanal, organizados em colônias nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sua atividade de pesca apresenta particularidades nos diversos ambientes aquáticos da região, refletindo o grande conhecimento que esses profissionais detém sobre o ecossistema regional.

Jornalistas: Elizabete Antunes (Mtb 744/DF) Assessoria de comunicação Social da Embrapa (e-mail:bete@sede.embrapa.br) Fone: (61) 448-4284 Hélio Augusto Magalhães - Embrapa Pantanal – Fone: (67) 231-1430