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Pragas do solo serão discutidas em Londrina

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Insetos de hábito subterrâneo que danificam principalmente as raízes das plantas e, dependendo do nível de incidência, causam sérios danos à agricultura, serão objeto da 8ª Reunião Sul Brasileira de Pragas do Solo, que ocorre no Centro de Convenções do Hotel Sumatra, em Londrina/PR, nos dias 26 e 27 de setembro. O evento, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pela Universidade Estadual de Londrina e pelo Instituto Agronômico do Paraná, deve reunir cerca de 200 pessoas, entre pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação.

"O objetivo da reunião é discutir as principais pragas de solo no sul do Brasil, promover a difusão de conhecimento sobre pragas de solo e ainda buscar soluções para os problemas por elas causados à agricultura", destaca Lenita Jacob Oliveira, presidente da comissão organizadora. Na conferência de abertura, o pesquisador mexicano Miguel Angel Moron, do Instituto de Ecologia do México, apresenta o papel dos insetos como reguladores do solo nos sistemas agrícolas. O pesquisador deverá abordar aspectos ecológicos que podem levar um inseto do solo a atingir o "status"de praga.

Outro destaque da Reunião é o relato da ocorrência das pragas de solo no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estados abrangidos pelo encontro. Também serão debatidas as necessidades de pesquisa e métodos de transferência de tecnologia.

O impacto ambiental de inseticidas usados para controlar as pragas do solo será abordado pela pesquisadora da USP, Jussara Regitano. Em outra palestra será discutido a qualidade do tratamento de sementes e os fatores que afetam a eficiência do controle dessas pragas. Também serão avaliadas as influências do manejo de solo e das práticas culturais sobre as pragas, especialmente, nas culturas da cana-de-açúcar e do trigo.

E como o enfoque dessa edição da reunião é a questão ambiental, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e da Universidade Estadual de Londrina, mostrarão as perspectivas para o uso de feromônios, de iscas e de parasitóides e predadores no manejo de pragas. A viabilidade técnica e econômica do uso de nematóides benéficos para o controle de pragas do solo também será outro ponto importante da reunião. "Em geral, são técnicas que ainda não podem ser adotadas em larga escala, mas que têm bom potencial de uso com a vantagem de ter baixo impacto no ambiente", avalia Lenita.

Grande parte dos problemas com pragas do solo são causados por desequilíbrios ambientais. As mudanças no habitat do inseto, aliadas à diminuição da presença de inimigos naturais favorecem uma explosão demográfica da praga, que, para se alimentar, ataca a cultura que estiver disponível na área, uma vez que em geral as pragas de solo não são específicas a uma determinada cultura. No Sul do Brasil, são conhecidas atualmente mais de 50 espécies de pragas no solo. Existem poucas alternativas de controle químico, sendo a associação de várias medidas de controle a prática recomendada pela pesquisa para minimizar a ação da praga.

Informações sobre o evento: www.cnpso.embrapa.br/pragasolosul.htm Jornalista: Carina Gomes (MTb 3914-PR) Embrapa Soja Fone: (43) 371-6067 E-mail: carina@cnpso.embrapa.br  

Tema: Fatores e Insumos\Solos 

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