A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está abrindo inscrições para o VIII Curso sobre a Cultura do Coqueiro e para o I Simpósio Nacional de Água de Coco, que serão realizados nos períodos de 22 a 24 e de 25 a 26 de outubro, respectivamente, no Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju-SE.

Atualmente, estima-se a produção anual de coco no Brasil seja de 1,2 bilhão de frutos, que são colhidos em uma área de 260 mil hectares, com predominância do coqueiro gigante, cujos frutos são colhidos secos. Entretanto, nos últimos anos, principalmente a partir da década de 90, com a conscientização da população para os benefícios dos alimentos naturais, verificou-se um grande crescimento da exploração do coqueiro anão, visando a produção do fruto verde, para o consumo de água, que é um produto natural, de excelentes qualidades nutritivas.

O coqueiro gigante, voltado para produção de frutos secos, que se destinam para consumo in natura ou industrializado em forma de leite e farinha de coco, tem vida útil econômica de 60 a 80 anos, e nas condições atuais, produz em média, 30 frutos pé/ano. As plantas mais altas chegam a alcançar 35 metros de altura. Sua produção inicia entre cinco e sete anos de idade. Essa é a variedade que ainda predomina no Brasil e sua maior produção concentra-se no Nordeste brasileiro.

O coqueiro anão ocupa hoje, no Brasil, uma área de aproximadamente 60 mil hectares, distribuídos entre as regiões Nordeste, Norte, Sudeste e Centro Oeste e, em menor escala, na região Sul. Com a expansão dessa variedade, a cultura do coco, que era tipicamente da zona litorânea nordestina, se interiorizou e ocupou áreas não tradicionais de cultivo. O inicio de produção se dá a partir do terceiro ano, sua altura não é superior a 12 metros e sua vida econômica útil é de 30 a 40 anos com uma produtividade entre 150 a 200 frutos pé /ano, voltados para produção de frutos verdes para consumo da água.

Devido a expansão verificada e o aumento da produção de coco verde, a oferta de frutos tem crescido e o preço vem caindo cada vez mais, já que o seu consumo dá-se principalmente in natura, na forma do fruto verde. Para os técnicos e produtores, a comercialização da água do coco não pode mais ficar dependente da venda do fruto verde in natura e a alternativa mais viável é a sua industrialização.

O mercado potencial para a cultura do coco verde é muito grande, uma vez que o consumo de refrigerantes no Brasil é superior a 10 bilhões de litros/ano, enquanto o consumo de água de coco atinge apenas 125 milhões de litros, ou seja 1,25% daquele consumo. Além disso, diversos trabalhos estão sendo conduzidos visando o desenvolvimento de tecnologias para a conservação e industrialização da água de coco, visando o aumento da vida útil do produto e, consequentemente, o aumento substancial do seu consumo entre a população.

A situação atual e perspectivas da cultura do coqueiro no Brasil, as modernas tecnologias de produção, a produção orgânica, o controle das principais pragas e doenças são alguns dos temas que serão abordados no VIII Curso sobre a Cultura do Coqueiro. No Simpósio serão abordadas questões relacionadas com a importância da água de coco na saúde humana, mercados interno e externo para comercialização do coco, e conservação e industrialização da água do coco.

Os eventos visam proporcionar intercâmbio de experiências entre a classe empresarial rural, o setor da agro indústria, pesquisadores, técnicos de órgãos de fomento, produtores rurais e agentes bancários. Para o Curso, a inscrição custa R$ 200,00 e para o Simpósio R$ 100,00. Participando dos dois, R$ 250,00. A programação e a ficha de inscrição encontram-se à disposição dos interessados na homepage www.cpatc.embrapa.br

Jornalista: Normélia Barroso Embrapa Tabuleiros Costeiros Telefone (79) 217 1300 R. 44 ou (79) 9137-8068 E-mail: sac@cpatc.embrapa.br