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Dia-de-campo vai mostrar vantagens da fertirrigação no mamoeiro

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Os produtores de mamão que geralmente precisam irrigar seus pomares devem tomar uma decisão estratégica na hora de adquirir o equipamento irrigante: agregar ao sistema dispositivos que permitam a aplicação de fertilizantes dissolvidos na água. A técnica chama-se fertirrigação e representa pequeno acréscimo sobre os custos de implantação dos sistemas convencionais de irrigação. Para incentivar os agricultores a adotarem a fertirrigação, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza no próximo dia 25, em Cruz das Almas (BA) um dia-de-campo para demonstrar as vantagens desta técnica na produção de mamão.

"Com a fertirrigação o produtor diminui também os gastos com a mão-de-obra, já que quem faz o trabalho de adubação é a própria tubulação instalada no pomar", diz o pesquisador Eugênio Ferreira Coelho, que, junto com a equipe de fertirrigação e nutrição de plantas da Embrapa Mandioca e Fruticultura, desenvolve estudos sobre o impacto de doses de nutrientes e tipos fertilizantes como a uréia, o nitrato de cálcio e o fósforo, aplicados com a água da irrigação.

A Embrapa está testando o comportamento da uréia fabricada pela Petrobras na adubação de mamão e banana. Segundo Coelho, o produto permite uma alta mobilidade de nitrogênio no solo junto às raízes. A uréia também apresenta uma solubilidade alta, rápida e homogênea na água da irrigação. O nitrogênio é muito importante no processo de crescimento das plantas. Já o fósforo, outro nutriente utilizado na adubação, é fundamental na formação dos frutos. "A concentração de fertilizantes na água de irrigação não deve ser superior a 700 miligramas por litro, devendo ficar entre 200 e 400 mg/L, principalmente para os sistemas de gotejamento, que são mais sujeitos a entupimentos nos emissores", alerta o pesquisador.

Eugênio diz que o método de irrigação mais adequado para a fertirrigação é o de irrigação localizada (gotejamento e microaspersão), porque limita a aplicação da água somente sobre a zona radicular da planta. Ele explica que a irrigação do mamoeiro se faz necessária sempre que a precipitação pluviométrica ou chuva anual for abaixo de 1.200 milímetros.

O dia-de-campo vai ocorrer em campos experimentais da Embrapa, a partir das 9 horas. A empresa quer atrair um público composto por produtores que tenham potencialidade para a irrigação, das regiões produtoras próximas ao Recôncavo Baiano e do extremo sul da Bahia.

Os interessados podem obter maiores informações pelo telefone (75) 621.2120, ramal 215, com Mariluce Caldas. As inscrições serão feitas na abertura do evento, por ordem de chegada.

Jornalista: Dalmo Oliveira Embrapa Mandioca e Fruticultura Telefone: (75) 621.2120 - Ramal 215 Fax: (75) 621.1118 http://www.cnpmf.embrapa.br/jornal/index.htm E-mail: dalmo@cnpmf.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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