Os resultados de pesquisa com a cultura do dendê serão apresentados pela Embrapa Amazônia Ocidental – vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - durante a rodada de negócios da Amazontech 2001, que acontece de 20 a 25 de novembro, em Boa Vista, Roraima. O evento se constitui numa vitrine de negócios, oportunidades e potencialidades dos investimentos ecologicamente corretos e lucrativos, com a finalidade de abrir novos mercados e promover o intercâmbio de tecnologias sobre o desenvolvimento sustentável na região.

A Embrapa produz e comercializa as sementes híbridas de dendê desde 1992. O material, de padrão internacional, se destaca pela sua elevada produtividade, tolerância a doenças e menor crescimento da planta, e por isso, maior facilidade de colheita.

As pesquisas em melhoramento genético do dendezeiro são conduzidas na Estação Experimental do Rio Urubu, a 140 quilômetros de Manaus. Esta Estação conta atualmente com mais de 412 hectares de plantios experimentais, entre ensaios de melhoramento genético, manejo de solos, nutrição de plantas e coleção de germoplasma de dendê, de origem africana, e caiaué, de origem americana.

A comercialização de sementes de dendê da Embrapa ano passado totalizou 1.138.258 unidades, sendo que 69,7% foram destinadas ao mercado interno e 30,3% para o exterior. O Estado do Pará é o principal comprador no mercado interno e a Colômbia o maior destinatário das sementes híbridas.

O potencial de produção imediato da Estação chega a 4 milhões de sementes/ano, podendo, nos próximos anos, com o avanço do Programa de Melhoramento, alcançar a marca de 8 milhões de sementes/ano, suficientes para a implantação de 40 mil hectares de dendezais/ano.

Produção de sementes – Devido ao caráter perene do dendê e aos elevados investimentos requeridos pela cultura, o plantio de sementes de qualidade comprovada e fontes idôneas é de fundamental importância para o sucesso do empreendimento. As sementes do tipo Tenera são produzidas pelo cruzamento entre genitores Dura x Pisifera, selecionados através de rigorosos testes de descendências, buscando identificar as melhores combinações entre os genitores.

Os campos de produção de sementes constituem-se de descendências obtidas por autofecundação de matrizes Dura e Tenera, testadas e selecionadas pelo Centro Internacional de Pesquisa e Desenvolvimento Agronômico (Cirad – França) e enviadas à Embrapa, entre 1982 e 1988, possibilitando a produção de sementes com padrão de qualidades reconhecido em nível internacional.

AGENDA - A Embrapa Amazônia Ocidental participará também em outras atividades da Amazontech. Nos dias 24 e 25/11 serão realizados cursos na Cozinha Experimental sobre a industrialização de palmito de pupunheira e aspectos da produção e aproveitamento agroindustrial do cupuaçu.

Serão apresentadas quatro palestras sobre os resultados de pesquisas da Empresa no Amazonas. O pesquisador Eduardo Lleras falará sobre diversidade vegetal na Amazônia – situação atual do conhecimento e sistema de informações "PlantAmazônia". Lleras é autor de um software no qual quantifica a diversidade da floresta amazônica.

O pesquisador Luiz Antelmo Melo, demonstrará sobre o potencial da aquicultura na Amazônia. Ele é responsável pela pesquisa relacionada à alimentação e qualidade de água ideais para criatórios de tambaqui e matrinxã em barragens de argila. Será explicada a importância do guaraná e do dendê para o agronegócio da Amazônia. Os pesquisadores Jeferson Macedo e Edson Barcelos serão os autores dessas duas palestras, respectivamente.

Contatos na Amazontech: Jornalistas Soraya Pereira da Silva, Daniela Colares, Alexandre Campos e Maria José Tupinamba Telefone – 95-9112-4791 www.embrapa.br