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Amazontech: Frutas nativas do Cerrado são ótima alternativa na dieta alimentar

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O público presente à Amazontech, evento que será realizado em Boa Vista (RR), entre os dias 20 e 25 de novembro, terão uma ótima oportunidade para conhecer o bioma Cerrado e suas diferentes formações vegetais, onde foram identificadas mais de 6.800 espécies vasculares. No estande da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, haverá exposição de várias espécies utilizadas na dieta da população rural, como araticum, baru, buriti, cagaita, cajuzinho, gueroba, jatobá, macaúba, mangaba, maracujá, murici, pimenta-de-macaco, pequi e xixá.

Essa cultura alimentar, cujo estudo é realizado pela Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), vem sendo repassada às novas gerações, apesar de a expansão da fronteira agropecuária e de novos hábitos alimentares terem reduzido essas frutas no cardápio regional. Elas são consumidas in natura ou em forma de pratos doces e salgados como: bolos, geléias, sucos, vinhos, licores, sorvetes, recheios diversos, pudins, tortas, pães, biscoitos, farinhas, patês, cubinhos de temperos, conservas e condimentos. Para se ter uma idéia da qualidade nutricional dessas frutas, basta verificar que, em 100g de amêndoas de baru, encontra-se 24g de proteína, 364mg de fósforo, 5mg de ferro e 197 mg de magnésio. Já, em 100g de pequi, existem 2g de proteína, 7mg de caroteno e 79mg de vitamina C.

Além do aproveitamento alimentar, algumas dessas espécies têm outros usos populares. Pequi, buriti, cagaita e caju têm uso medicinal, na forma de banhos, chás, infusões, tinturas, xaropes, garrafadas, pomadas, no combate a problemas do aparelho respiratório, infecções de garganta, como cicatrizante de feridas, laxante ou antiiflamatório. O óleo da polpa do pequi, misturado ao mel de abelha, é usado como expectorante. A cagaita, o caju e o murici são também melíferas. Além do lucro econômico na produção de mel, as abelhas desempenham papel fundamental na polinização, fenômeno que origina os frutos e as sementes, contribuindo para o aumento da diversidade genética das plantas.

O buriti, a gueroba e a macaúba fazem parte do grupo das plantas ornamentais e artesanais, utilizadas na arborização de praças e jardins e na confecção de cestos, balaios, camas, sofás, cadeiras, portas, brinquedos, arranjos, esteiras e cordas. Do murici, jatobá e piqui extraem-se tintas utilizadas para pintar os tecidos dos teares para confecção de colchas, tapetes e peças de vestuário. Na indústria de cosméticos, fabricam-se cremes, tendo o pequi e o buriti como componentes. A cagaita é uma das corticeiras do Cerrado.

O aproveitamento dessas espécies são atividades que geram renda para agricultores familiares do Cerrado. Atualmente, há muita demanda por produção de mudas para enriquecimento ou recuperação de áreas, com retorno financeiro para o produtor de base familiar.

Há grande acervo de informação sobre espécies nativas disponível na Embrapa Cerrados, desde as formações vegetais, lista de espécies e seus usos populares, calendário fenológico, coleta de frutos, elaboração artesanal de produtos alimentícios, germinação de sementes, formação de mudas, viveiros, funcionamento e recuperação de Matas de Galeria.

Jornalista Graça França Monteiro Registro Profissional MTb 1372-85 Embrapa Cerrados - 61-388-9953 - Endereço eletrônico: imprensa@cpac.embrapa.br Contatos na Amazontech: Jornalistas Soraya Pereira da Silva, Daniela Colares e Alexandre Campos - Telefone – 95-9112-4791  

Tema: Ecossistema\Cerrados 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/