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Capacitação de agricultor baiano mobiliza instituição

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai mobilizar seu quadro de pesquisadores, na Bahia, num trabalho de capacitação de trabalhadores rurais coordenado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-BA). O Senar-BA pretende oferecer cursos e treinamentos para mais de 50 mil agricultores esse ano no Estado.

Uma das propostas do trabalho, que conta também com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuáriado Estado da Bahia (Faeb), é a composição de forças-tarefa para a realização de dias-de-campo nas regiões produtoras de Livramento de Brumado, Itaberaba, Amargosa, Piritiba, Baixo Sul e Ribeira do Amparo. A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA) tem uma larga experiência na transferência de tecnologia de fruteiras como acerola, abacaxi, banana, citros, manga, mamão, e maracujá e também na cultura da mandioca.

Para João Martins da Silva Júnior, presidente da Faeb, o maior problema, hoje, da agricultura baiana é a baixa escolaridade de seus trabalhadores rurais. Ele cita um exemplo: A fazenda Nova Fronteira, na região de Juazeiro, tem 570 empregados, sendo que 350 deles são analfabetos. "É preciso habilitação educacional para quem vai aplicar tecnologia", ressalta João Martins, argumentando que a agricultura precisa de mais educação que outras atividades econômicas, porque o agricultor, diferentemente de um metalúrgico, por exemplo, vive constantemente enfrentando tomadas de decisão.

No momento o Senar-BA oferece 40 horas para cursos de profissionalização rural. A entidade contabiliza cerca de 26 mil trabalhadores alfabetizados em todo Estado. Segundo Joaquim Cardoso Filho, superintendente estadual do Senar, os cursos de alfabetização do órgão utilizam o Método Paulo Freire, usando aspectos da realidade cotidiana dos trabalhadores para o ensino do alfabeto.

Segundo Cardoso, atualmente 60% do treinamento que a entidade oferece na região de Juazeiro é em fruticultura. O Senar recebe 0,2% da arrecadação da Previdência Social para esse tipo de treinamento. Ele diz que o órgão opera obedecendo a lógica de que "a formação profissional deve ser responsabilidade do setor privado e não apenas do Estado".

Cerca de 38% da população baiana vive hoje na zona rural do Estado. "São cinco milhões de pessoas, principais vítimas do processo de exclusão social", lembra João Martins. Para potencializar o trabalho, a Faeb vai tentar mobilizar ainda outras instituições de fomento de desenvolvimento regional, como Sebrae, EBDA, BNB, Secretaria de Agricultura, Banco do Brasil, entre outras, com o objetivo de provocar, no mês de abril, um novo encontro de trabalho para a definição de atribuições de cada instituição.

Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Embrapa Mandioca e Fruticultura Telefones p/ contato: (75) 621.8087 Fax (75) 621.1118 Email: dalmo@cnpmf.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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