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Protecionismo agrícola é tema do III Prêmio CNA de Jornalismo

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A possibilidade de uma nova escalada protecionista na área agrícola, confirmada pelo aumento dos subsídios previstos na nova Lei Agrícola dos Estados Unidos, representa séria ameaça à agropecuária brasileira, com inevitáveis prejuízos às exportações de produtos primários. Conforme resultado de consulta do Projeto Conhecer, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a 1.884 produtores, com metodologia aprovada pela Vox Populi, 89% dos entrevistados acompanham de perto o recrudescimento do protecionismo dos países ricos as suas agriculturas e 97% dão importância ao tema devido aos impactos negativos que gera sobre os preços do mercado externo que, rebaixados artificialmente, acabam reduzindo os preços de venda da produção nacional. Os resultados obtidos justificam a escolha do tema deste ano para o III Prêmio CNA de Jornalismo - O Protecionismo e o Crescimento da Agropecuária Brasileira - lançado no dia 11 de junho, em Brasília, pelo presidente da entidade, Antônio Ernesto de Salvo.

Criado com o objetivo de estimular a produção de reportagens e fotografias na mídia impressa, nas rádios e televisões sobre temas que contribuam para esclarecer a opinião pública sobre a realidade do campo brasileiro, este ano o concurso vai premiar os melhores trabalhos sobre a questão do protecionismo e suas conseqüências no desempenho da agropecuária. Vale lembrar que o aumento do saldo da balança comercial da agropecuária que, em 2001, atingiu o nível recorde de US$ 19 bilhões, tem minimizado os desequilíbrios externos da economia brasileira. Segundo estimativa da área técnica da CNA, com a eliminação ou redução dos subsídios à produção agrícola nos países ricos, as exportações agropecuárias brasileiras poderiam aumentar em cerca de US$ 6 bilhões no curto prazo e US$ 10 bilhões no longo prazo.

"O incremento deste saldo depende da crescente liberalização dos mercados agrícolas mundiais", esclarece o chefe do Departamento de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da CNA, Antônio Donizeti Beraldo. Segundo ele, o Brasil ainda dispõe de cerca de 120 milhões de hectares de áreas agricultáveis, "o que representa um potencial de aumento equivalente a nove vezes a produção atual de soja e milho". Ao contrário dos seus concorrentes internacionais, como os Estados Unidos, cuja fronteira agrícola já se esgotou, o Brasil possui uma enorme área para a expansão, em escala competitiva, da produção agropecuária. Mas, na avaliação de Donizeti, a viabilização do potencial competitivo do Brasil no comércio agrícola internacional, somente será possível com a abertura de novos mercados ou o avanço sobre os mercados abastecidos com a produção não competitiva de outros concorrentes.

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Tema: Política\Política Agrícola 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/