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Dia-de campo transfere tecnologia para pequenos produtores da Bahia

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Nestas terça e quarta-feira, dias 11 e 12, acontece na comunidade de Imbiruçu de Dentro, em Porto Seguro, um dia-de-campo sobre variedades, colheita e processamento de mandioca brava e mansa. O evento é uma realização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Porto Seguro.

Nos dois dias, o evento acontece das 9h30 às 17 horas, oferecendo vaga para 25 produtores da região e vai ocorrer em área de assentamento do Incra, onde a Embrapa instalou experimentos, com o apoio de cerca de 100 agricultores. "A cultura da mandioca apresenta elevada importância social na região de Porto Seguro, onde se encontram diversas comunidades de pequenos produtores que a utilizam como principal fonte de carboidratos, além de empregarem os seus subprodutos para pecuária", comenta a pesquisadora Arlene Maria Gomes, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/BA), organizadora do dia-de-campo.

Apesar da sua importância social e econômica, a mandioca apresenta alguns problemas de cultivos advindos das condições ambientais da região e do desconhecimento, pelos produtores, de algumas tecnologias de produção, assim como a utilização de novas variedades que apresentem qualidades superiores. "Esse dia-de-campo tem por objetivo avaliar, junto com os produtores, as variedades de sua preferência e que melhor se adaptem às condições edafoclimáticas de Porto Seguro e o efeito do uso de camalhão (leirões) na produção de raízes", acrescenta o pesquisador Mauto Diniz, que conduz testes com variedades mais produtivas e resistentes a doenças.

Um ano após o plantio, serão coletadas as variedades de mandioca Diamante, Cigana Preta, Creoula e Caravela. A primeira é um híbrido desenvolvido pela Embrapa, e a Caravela é a variedade local tradicionalmente plantada pelos agricultores da região. A pesquisa está avaliando a produção de parte aérea e de raízes, a incidência de apodrecimento radicular, o vigor das plantas e a preferência dos produtores. A mesma avaliação será feita com as variedades de aipim Manteiguinha, Paraguai e Casca Roxa.

Após a colheita das raízes, a mandioca será avaliada quanto à facilidade de descascamento, preferência do produtor e rendimento em farinha e amido. Já as raízes de aipim serão avaliadas quanto à facilidade de descascamento, tempo de cozimento, palatabilidade e preferência do produtor.

Na última estação do dia-de-campo, será feita a colheita e avaliação de mandioca plantada com e sem camalhão e com e sem adubação com micronutrientes. A variedade local, Caravela, será colhida nos diversos sistemas e será avaliada a produção de parte aérea e de raízes e incidência de apodrecimento radicular.

"Um dos problemas mais sérios na região é o aparecimento de um amarelidão, provavelmente em decorrência da deficiência de manganês no solo", diz Mauto Diniz. Além da mandioca, a Embrapa está realizando, na Costa do Descobrimento, pesquisas com a cultura da banana, coco, maracujá e abacaxi.

Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Telefone p/ contato: (75) 621.8037 Fax (75) 621.1118 Email: dalmo@cnpmf.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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