Um software produzido especialmente para melhorar o manejo da fertilidade e da nutrição dos solos e aumentar a competitividade da soja do Maranhão, Tocantins e Piauí será apresentado durante a XXIV Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil, que ocorre de 13 a 16 de agosto, em São Pedro, SP.

O Sistema Integrado de Manejo da Fertilidade (Simfert) é baseado num banco de dados com parâmetros regionalizados de solo e plantas e reúne ainda as recomendações técnicas da pesquisa, quanto à fertilidade de solo. O software é um sistema informatizado para elaboração de recomendações agronômicas sobre o manejo da fertilidade de solos e nutrição de plantas. "Introduzindo no software informações sobre análise de solo e análise foliar da soja, o sistema emite resultados quanto ao balanço nutricional a deficiências ou os excessos dos macro e micronutriente", avalia pesquisador Dirceu Klepker, da Embrapa Soja (Londrina/PR).

A partir da introdução dos resultados de amostras de solos, plantas e informações de campo, a assistência técnica obtém indicações para o manejo da fertilidade do solo na propriedade e para o equilíbrio nutricional das plantas. As recomendações são geradas tendo como referência a base de dados, composta de pesquisas desenvolvidas na região pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento.

O sistema será mais uma ferramenta para colaborar com o desenvolvimento regional, facilitando o trabalho da assistência técnica. "A idéia é auxiliar o agronômo na tomada de decisão, direcionando suas ações com base em resultados da pesquisa regionalizada", diz o pesquisador.

Klepker diz que a soja foi a grande responsável pela mudança no cerrado do Nordeste do Brasil, onde foram cultivados 390 mil hectares de soja na última safra. "Esse número representa em torno de 10% do potencial da área que pode ser cultivada na região", afirma.

A nova tecnologia é um produto da Embrapa Soja e da empresa Soluções Informatizadas de Referências Agropecuárias (SIRA). "O produto chega ao mercado em agosto e será cobrado o equivalente a 10 quilos de soja para cada hectare cultivado na propriedade que utilizar o sistema", diz Klepker. Os recursos captados através do software serão utilizados para financiar as demandas em pesquisa na região e para aprimorar o produto.

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