O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, lança, na próxima sexta-feira, dia 30 dea agosto, às 18h30, na Expointer 2002, o primeiro medicamento brasileiro para tratar o botulismo em bovinos. A doença traz à pecuária nacional prejuízos anuais estimados em torno de 10 milhões e 500 mil reais.

O soro Botulin C-D foi desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada àquele Ministério, em parceria com os laboratórios Vencofarma do Brasil, de Londrina/PR, a partir de anticorpos de cavalos, e destina-se a tratar animais já doentes.

O pesquisador Pedro Paulo Pires, da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), responsável pelo desenvolvimento do soro, explica que o botulismo bovino é uma infecção grave, causada pela toxina da bactéria chamada Clostridium botulinum. Ela pode levar o animal à morte e é mais freqüente nas vacas em gestação ou nas que estão produzindo leite, que necessitam de uma alimentação mais rica.

O botulismo é provocado pela toxina ingerida com alimentos estranhos que o animal procura quando está com desequilíbrio alimentar, especialmente em regiões cujos solos são pobres em fósforo e onde é comum a prática da monocultura do pasto. Isso causa na vaca um "apetite depravado", que faz com que o animal passe a ingerir alimentos estranhos, como carcaças de outros animais mortos que ficam na pastagem, ou resíduos plásticos, tecidos, ossos, entre outros.

Os pecuaristas gaúchos poderão conhecer o novo produto na Casa da Tecnologia, na Expointer. O soro Botulin C-D já está disponível no mercado brasileiro e custa em torno de R$ 12 a dose, o suficiente para livrar o animal da doença.

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