01/09/02 |

Americano aprimora plantio direto no Brasil

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O pesquisador Darrel Norton, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ARS/USDA), começa pesquisa na próxima semana, em Londrina/PR, para desenvolver opção mais sustentável para o cultivo da soja, do milho e do trigo: alternativa intermediária entre a semeadura convencional e a semeadura direta.

A vinda do pesquisador americano ao Brasil faz parte da ação do Laboratório Virtual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Exterior (Labex), cujo objetivo é ampliar a cooperação científica entre os pesquisadores brasileiros e americanos. Durante um ano, Norton vai realizar suas pesquisas na Empresa Soja (Londrina/PR) e no Instituto Agronômico do Paraná.

O pesquisador americano pretende associar tecnologias tradicionais da semeadura direta a novas técnicas que possam elevar a eficiência do cultivo da soja, do milho e do trigo. Segundo ele, o objetivo é comparar os níveis de erosão e de rendimento dessas novas técnicas com as tecnologias tradicionais da semeadura direta.

Para Norton as limitações ao pleno aproveitamento do plantio direto poderão ser revistas com sua pesquisa no Brasil. Segundo o pesquisador, a palhada dificulta a distribuição das sementes a profundidades uniformes, provocando oscilações no tamanho da planta. Por isso, ele pretende uniformizar o solo introduzindo um equipamento na semeadora, que vai funcionar como uma espécie de vassoura que limpa a superfície.

"A idéia é abrir espaços para facilitar a introdução das sementes a uma mesma profundidade. O equipamento também vai colaborar na inserção dos nutrientes a regiões precisas e ao alcance das raízes", defende. Além disso, o pesquisador pretende utilizar pequenas roldanas pontiagudas para descompactar as paredes do solo abertas pela semeadora.

Paralelamente às roldanas, Norton vai inserir um equipamento na semeadora que produz cavidades no solo. Em alguns testes, o pesquisador observou que essas cavidades diminuem o impacto da chuva no solo e a erosão, porque são criados espécies de reservatórios para abrigar a água da chuva

Associado ao uso dessas novidades, Norton pretende aplicar gesso (sulfato de cálcio) já tradicionalmente usado para reduzir a compactação, que traz como séria conseqüência a erosão. O gesso promove também a agregação do solo e aprofunda a distribuição das raízes, o que melhora a resistência da planta em períodos de estiagem. "Com maior volume das raízes, o fertilizante será ainda melhor aproveitado, maximizando a fertilidade do solo".

Lebna Landgraf - MTb 2903 Embrapa Soja Telefone: (43) 371-6061/9994-2270 E-mail: lebna@cnpso.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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