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Pimenta: alternativa para Roraima

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As diversas variedades de pimenta cultivadas em Roraima têm se tornado em grande oportunidade de negócio para o Estado, conforme um projeto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Museu Integrado de Roraima (MIRR). Os visitantes do Amazotech 2002, evento que será realizado em Rio Branco (AC), entre os dias 17 e 22 de setembro, poderão saber um pouco mais sobre o aproveitamento econômico das pimentas.

O Projeto, que começou em 2000, tem por objetivo fazer um levantamento das pimentas cultivadas, identificar botanicamente as espécies e verificar as formas de uso popular. Até o momento, há 200 variedades derivadas de quatro espécies: Capsium annum, Capsium baccatum, Capsium frutescens e Capsium Chinensis. Pimentas deste gênero cultivadas em Roraima possuem uma enorme diversidade de formas, cor e de nível de ardência. Conforme o pesquisador da Embrapa Roraima, Joaci Freitas, as pimentas malagueta, murupi e olho-de-peixe são as usadas com maior intensidade e volume nas comunidades indígenas locais, sendo as pimentas de cheiro as que mais circulam e têm movimento comercial entre os produtores rurais do centro-sul do Estado.

Observa-se com o estudo que o cultivo das pimentas tem demonstrado a possibilidade de desenvolver um agronegócio com diversas formas de beneficiamento, como plantas ornamentais, hortaliças para temperos, doces, inseticida natural, molhos, licores através do processamento simples, diz o pesquisador.

Para ele, a pimenta é uma grande alternativa de cultivo tanto para a agricultura familiar como para os empresários, pois o rendimento bruto chega a R$ 45 mil por hectare em um ano, com um custo de produção em torno de R$ 10 mil entre a implantação e a condução da cultura. Existem variedades que produzem 30 toneladas por hectare a cada ano, obtendo um preço no mercado de R$ 1,50 o quilo in natura. A pimenta processada pode ser vendida em todos os países do mundo, sendo que a maior parte da produção in natura do Estado é exportada para Manaus.

Na sede da Embrapa Roraima (Boa Vista/RR) existe uma vitrine com diversas espécies de pimenta que pode ser visitada durante o horário de funcionamento da instituição que vai das 7 h 30 às 11 h 30 e das 14 às 18.

Daniela Collares (Mtb: 114/01) Embrapa Roraima Fone: (95) 91124791 - 626-7018 Endereço eletrônico:daniela @cpafrr.embrapa.br

 

Tema: Produtos Agropecuários\Hortaliças 

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