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Embrapa lança novo clone de cajueiro anão

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A Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lança o novo clone de cajueiro anão precoce enxertado durante a Frutal 2002, no dia 17 de setembro, às 20h, no estande da Embrapa. O clone BRS 226 é uma opção a mais para o produtor, além de apresentar vantagens na qualidade da amêndoa (peso e tamanho) e nos aspectos fitossanitários. O novo clone é adequado às zonas de semi-árido que possuam características de clima e solo similares ao semi-árido do Piauí . A Frutal (9ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria) acontece de 16 a 19 de setembro, em Fortaleza (CE).

O desenvolvimento do novo clone exigiu 14 anos de melhoramento genético. As suas características foram comparadas com a performance do clone CCP 76, utilizado em quase todos os plantios comerciais de cajueiro anão precoce no semi-árido. Os indicadores agroindustriais mostram que as amêndoas do BRS 226 são, em média, 20% mais pesadas em relação ao clone CCP 76. Enquanto as amêndoas do BRS 226 pesam, em média, 2,72 g, o clone CCP 76 produz amêndoas que pesam 2,07 g. Durante o estudo, o novo clone apresentou 54,11% de amêndoas grandes (SLW), enquanto o CCP 76, testado nas mesmas condições, não obteve amêndoas com essa classificação. Fitossanidade

Outra vantagem é a resistência à doença resinose, causada por um fungo e que prejudica a produção de caju. Atualmente, existem cerca de 25 mil ha de cajueiro anão precoce implantados em região de semi-árido e cerrado do Nordeste. O cultivo do cajueiro anão precoce, utilizando um único clone, torna as áreas uniformes geneticamente e vulneráveis a pragas e doenças. Segundo o pesquisador João Rodrigues de Paiva, coordenador do estudo de melhoramento genético, "o clone BRS 226 é uma opção a mais para o produtor, reduzindo os riscos e aumentando a variabilidade genética dos pomares. Por isso, o ideal é diversificar o cultivo".

O clone BRS 226 foi testado no município de Pio IX (PI), onde a média de precipitação é de 500 mm de chuva/ano. Em relação à produtividade, os pesquisadores verificaram um incremento de 91% quando comparado ao CCP 76. No terceiro ano de produção em condições de semi-árido, o CCP 76 apresentou uma produtividade de 245 kg/castanha/ha/ano, enquanto o novo clone produziu 469,6 kg/castanha/ha/ano. O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Francisco Férrer Bezerra, disse que o melhoramento genético do cajueiro é um programa permanente e que, no futuro, novos clones serão disponibilizados para a sociedade.

Características do clone - A planta originada do clone BRS 226 possui porte baixo (altura média de 1,24 m no 3º ano) e diâmetro médio da copa 2,20 metros. O espaçamento recomendado para plantio é de 8m X 6m, em sistema retangular (208 plantas/ha) ou 7m X 7m, em sistema quadrado (204 plantas/ha).

Mais informações para a redação: Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroindústria Tropical, Levi de Moura Barros, (85) 299-1951/ 9981-8663 Pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, João Paiva, (85) 299-1864/ 9101-5005

Franzé Ribeiro - MTb CE00897JP Embrapa Agroindústria Tropical Fone: (85) 299-1907 / 9989-1518  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas\Tropicais 

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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