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Dias-de-campo mostram alternativas para o agronegócio na Amazônia

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Durante a Amazontech 2002, evento promovido pelo Sebrae, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Governo do Estado, Universidade Federal do Acre, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério da Ciência e Tecnologia, o público terá oportunidade de conhecer quatro experiências consolidadas em termos de agronegócio sustentável na Amazônia. São tecnologias adotadas por produtores e que serão mostradas por meio de dias-de-campo.

O primeiro acontece quarta-feira, dia 18 de setembro, no Projeto de Colonização Pedro Peixoto (BR 364, km 90, ramal Granada). Lá, um grupo de 26 produtores praticam o manejo florestal comunitário e, há quase 10 anos, estão mostrando que é possível usar a floresta com racionalidade.

Pesquisadores da Embrapa Acre (Rio Branco-AC) e produtores falarão sobre as tecnologias adotadas para inventário florestal, seleção, derrubada, arraste, processamento e regeneração natural. Com o aperfeiçoamento do sistema, o produtor obtém renda líquida anual de até R$ 800,00 com o manejo madeireiro. Ao mesmo tempo, conserva os recursos naturais para as futuras gerações.

No dia 19, será a vez do Projeto Reca mostrar a viabilidade dos sistemas agroflorestais. Há quase 13 anos, as famílias do Reca, em Vila Extrema (RO), começaram a buscar alternativas adequadas e competitivas para produção na Amazônia, uma vez que a experiência trazida do sul do país não mostrava resultados.

Foi então que, com apoio técnico local e internacional de diversas instituições, os produtores resolveram investir em sistemas agroflorestais. Este sistema tenta imitar o arranjo florestal por meio da consorciação de espécies frutíferas e madeireiras para otimizar a ciclagem de nutrientes e conservar os recursos naturais. Em um ambiente mais diversificado, as plantas conseguem reter nutrientes e trazê-los das camadas mais profundas do solo para a superfície.

Ainda existem deficiências no sistema, mas a proposta tem se mostrado viável. Tanto que hoje, quase 400 famílias ligadas ao Reca estão conseguindo obter renda de diferentes produtos e investir na agroindustrialização do palmito de pupunha, castanha, geléia e polpa de cupuaçu.

O terceiro dia-de-campo, na sexta-feira, dia 20 de setembro, será uma mostra de tecnologias. No campo experimental da Embrapa Acre, técnicos e pesquisadores apresentarão as cultivares de banana resistentes à Sigatoka negra, cultivares de mandioca com alta produtividade, sistema de produção de pupunha e pimenta longa.

O último dia-de-campo acontece na Fazenda Ituiutaba (BR 364, km 80, sentido Sena Madureira), no dia 21 de setembro. No local, será lançada uma nova leguminosa para consorciação de pastagens no Acre. Trata-se do amendoim forrageiro cv. Belmonte. O consórcio de pastagens tem sido indicado para enfrentar os problemas de degradação do solo e mortalidade do capim Brachiaria brizantha, conhecido como brizantão e um dos mais utilizados pelos produtores.

Para facilitar a participação nos dias-de-campo, a organização disponibilizará dois ônibus que sairão pontualmente às 6h30, da frente do Inácio Palace Hotel (rua Rui Barbosa, 469, Centro). Outras informações podem ser obtidas na Embrapa Acre pelo telefone 212 3200 ou por email: sac@cpafac.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/