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Caju do Piauí será incluído no PROFRUTA

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Está marcada para o dia 7 de novembro (quinta-feira), no auditório central da Embrapa Meio-Norte, uma reunião para oficializar a inclusão do Estado do Piauí no projeto Produção Integrada de Caju (PIF). O projeto faz parte do Programa de Desenvolvimento da Fruticultura (Profruta) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que tem como objetivos a consolidação de padrões de qualidade e competitividade da fruticultura brasileira e o desenvolvimento das exportações no setor.

Participarão da reunião representantes dos órgãos governamentais envolvidos em Produção Integrada de Frutas, como MAPA / CNPq/ Embrapa, além dos seus parceiros nos níveis federal, estadual e municipal, e ainda representantes do setor produtivo.

Na oportunidade, será feita uma exposição sobre o referido projeto e o lançamento do novo clone de cajueiro anão precoce BRS 226 para o Piauí. O clone BRS 226 é uma opção a mais para o produtor, além de apresentar vantagens na qualidade da amêndoa (peso e tamanho) e nos aspectos fitossanitários. O novo clone é adequado às zonas de semi-árido que possuam características de clima e solo similares ao semi-árido do Piauí.

O desenvolvimento do novo clone exigiu 14 anos de melhoramento genético. As suas características foram comparadas com a performance do clone CCP 76, utilizado em quase todos os plantios comerciais de cajueiro anão precoce no semi-árido. Os indicadores agroindustriais mostram que as amêndoas do BRS 226 são, em média, 31% mais pesadas em relação ao clone CCP 76. Enquanto as amêndoas do BRS 226 pesam, em média, 2,72 g, o clone CCP 76 produz amêndoas que pesam 2,07 g. Durante o estudo, o novo clone apresentou 54,11% de amêndoas grandes (SLW), enquanto o CCP 76, testado nas mesmas condições, não obteve amêndoas com essa classificação.

Outra vantagem é a resistência à doença resinose, causada por um fungo e que prejudica a produção de caju. Atualmente, existem cerca de 25 mil ha de cajueiro anão precoce implantados em região de semi-árido e cerrado do Nordeste. O cultivo do cajueiro anão precoce, utilizando um único clone, torna as áreas uniformes geneticamente e vulneráveis a pragas e doenças.

O clone BRS 226 foi testado no município de Pio IX (PI), onde a média de precipitação é de 500 mm de chuva/ano. Em relação à produtividade, os pesquisadores verificaram um incremento de 91% quando comparado ao CCP 76. No terceiro ano de produção em condições de semi-árido, o CCP 76 apresentou uma produtividade de 245 kg/castanha/ha/ano, enquanto o novo clone produziu 469,6 kg/castanha/ha/ano.

A planta originada do clone BRS 226 possui porte baixo (altura média de 1,24 m no 3º ano) e diâmetro médio da copa 2,20 metros. O espaçamento recomendado para plantio é de 8m X 6m, em sistema retangular (208 plantas/ha) ou 7m X 7m, em sistema quadrado (204 plantas/ha).

Eugênia Ribeiro Jornalista / Embrapa Meio-Norte Fone: (86) 2251141 (R - 233) Correio eletrônico: eugenia@cpamn.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas\Tropicais 

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