"Comprovamos um avanço significativo no agronegócio do leite, resultado de dois anos de vigência do Pró-Leite", assegura o chefe geral da Embrapa Rondônia (Porto Velho/RO),unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Newton de Lucena Costa, referindo-se à importância da transferência de tecnologia aos produtores rurais por meio do Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Estado de Rondônia. Incremento de 289 quilos de leite por vaca em lactação num intervalo de dois anos, entre 2000 e 2001. No mesmo período, aumento diário de 354.083 litros na produção leiteira no mercado formal, segundo dados estimados do IBGE: oficialmente, são produzidos 776.388 litros de leite por dia em Rondônia. A produção média diária no Estado, no entanto, já ultrapassa 1,4 milhão de litros no mercado informal, envolvendo a produção destinada aos laticínios.

No dia 19 de dezembro, resultados de questionários aplicados aos produtores rurais do Estado foram revelados em reunião da Câmara Setorial do Leite, organização representativa dos principais órgãos e entidades da cadeia produtiva do leite em Rondônia, como Embrapa Rondônia, Emater/RO, Ceplac e Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes). No Estado, 345 estabelecimentos rurais seguem as diretrizes do Pró-Leite, que abrange 80% do rebanho estadual. O programa é gerido com recursos da Câmara Setorial e reúne instituições de pesquisa e de desenvolvimento voltadas para a atividade leiteira no Estado. O objetivo geral é alcançar duas metas gerais: aumentar em 50% a produção e a produtividade do rebanho leiteiro e reduzir em 80% o leite sem qualidade, condenado pela indústria.

Com ações implantadas a partir de 2000, o programa está previsto para quatro anos, com avaliações anuais das metas. "Após dois anos de atuação, percebe-se que a realidade do Estado já é outra", diz Newton de Lucena. "Muitos produtores já fornecem suplementação alimentar aos rebanhos e implantaram tecnologias que facilitam o manejo, como a divisão de pastagens e cercas elétricas", pondera o chefe geral da Embrapa Rondônia. Para o próximo ano, segundo ele, o papel da empresa será diagnosticar os resultados finais da cadeia produtiva do leite e atuar nos pontos fracos desse complexo produtivo. Uma previsão é certa, de acordo com Lucena: "teremos que utilizar cada vez mais tecnologia", prevê.

Melhoramento genético é meta da Embrapa - "Rondônia sobe um patamar na produção leiteira todo ano. Hoje, a atividade é responsável pela geração de recursos anuais na ordem de mais de R$ 130 milhões", descreve o chefe geral da Embrapa Rondônia. A importância da atividade no cenário econômico do Estado, de acordo com Newton de Lucena, impõe novas exigências: utilizar tecnologias significa investir no melhoramento genético do rebanho, uma das ações desenvolvidas por pesquisadores ao viabilizar a vinda de sêmen de touros da raça gir leiteiro, da Embrapa Gado de Leite, com sede em Juiz de Fora (MG).

Na reunião da Câmara Setorial foi aprovado a aquisição de 10 mil doses provenientes da Embrapa Gado de Leite, sendo que a distribuição aos produtores depende de interesse do próximo governo do Estado. O projeto será apresentado pela Embrapa Rondônia ao Pró-Leite como uma das ações de desenvolvimento da pecuária leiteira no próximo ano. Na mesma direção dos incentivos, a reinauguração da usina de nitrogênio em Porto Velho na última semana reflete positivamente nas metas a serem atingidas pelo programa: o nitrogênio é utilizado para armazenamento e conservação do sêmen e era adquirido a até R$ 7 o litro, ao contrário do preço estipulado pela usina hoje em Porto Velho: R$ 4. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da assessoria de comunicação da Embrapa Rondônia: (69) 222-0014 / Ramal 6530.

Jornalista : Guilherme Ferreira Viana (MG 06566 JP) Assessoria de Comunicação Embrapa Rondônia Área de Comunicação e Negócios (ACN) Telefone: (69) 222-0014 / Ramal 6530 E-mail: gfviana@cpafro.embrapa.br