01/12/02 |

Embrapa e Incra firmam acordo e beneficiam assentamentos rurais

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Sebastião Azevedo, e o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Alberto Duque Portugal, assinaram, neste mês de dezembro, acordo de cooperação técnica entre as duas instituições para aproveitamento, de forma sustentável, de recursos da flora, da fauna e dos solos em assentamentos rurais e em comunidades de produção familiar. Na primeira fase das ações previstas no acordo, já estão sendo beneficiadas cerca de 300 famílias de Goiás e do Entorno do Distrito Federal.

Estão previstos no acordo o suporte científico e tecnológico aos assentamentos rurais e às comunidades, assim como propostas de produções alternativas complementares e de organização social. No caso dos recursos da flora, o trabalho deverá estar voltado ao aproveitamento sustentável da vegetação nativa, à reposição e produção de espécies florestais para recuperação de áreas degradadas, ao cultivo de palmeiras para extração de palmito, ao cultivo da estévia, do nim, do caju e de cogumelos comestíveis, ao manejo do babaçu para produção de derivados, à formação de pomares domésticos e comerciais e à implantação de agroindústrias. Cultivos mais tradicionais, que se voltam também à subsistência, como arroz e feijão, serão contemplados.

Quanto aos recursos da fauna, deverão ser implantados, principalmente, sistemas de manejo para produção de carne e outros derivados. Cursos de capacitação nas áreas de educação ambiental, associativismo, cooperativismo, gestão de projetos, beneficiamento e comercialização, entre outros, deverão ser promovidos, dentro das atividades voltadas à organização social. Será dada, ainda, ênfase à aptidão agrícola dos assentamentos e à indicação de alternativas de utilização das terras e do nível de manejo ao alcance dos agricultores familiares. Nim Indiano

O Nim já está sendo plantado em áreas cobertas pelo acordo, como no distrito de Santa Rosa (Formosa-GO), para ser consorciado com o cajueiro anão precoce, conforme informou o pesquisador Afonso Celso Valois, assessor da Diretoria Executiva da Embrapa. A árvore, de grande valor agregado, é originária das regiões semi-áridas da Índia e bastante rica em propriedades. Sua madeira é durável e resistente a cupins, traças e brocas. Sua casca pode ser utilizada em curtumes, tinturas e produtos odontológicos. O óleo extraído das sementes é usado na fabricação de sabões, sabonetes, cremes faciais, shampoos, condicionadores, velas com fumaça repelente, produção de anticonceptivos e outros derivados. As folhas têm propriedades medicinais, são úteis para o controle de insetos, fungos, bactérias, nematóides, carrapatos e piolhos, para a produção de alimentos destinados a animais e para a fabricação de fertilizantes.

As propriedades terapêuticas da planta são conhecidas pelos indianos há cerca de cinco mil anos. Os primeiros registros médicos referem-se aos benefícios dos frutos, das sementes, do óleo, das folhas, das raízes e da casca da árvore. Todos são usados na medicina ayurvédica. A Embrapa vem trabalhando para aumentar a variabilidade genética do Nim Indiano, no Brasil. Sementes de várias procedências vêm sendo introduzidas.

Jornalista Marita Cardillo - 2264 DF Assessoria de Comunicação da Embrapa Fone: (61) 448.4039 Endereço eletrônico: marita@sede.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Agricultura Familiar 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/