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Ministros prestigiam posse de presidente da Embrapa

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Três ministros de Estado prestigiaram ontem, 23 de janeiro, a posse do engenheiro agrônomo Clayton Campanhola na presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizada na sede da empresa em Brasília/DF. A presença de Roberto Rodrigues, da Agricultura, de José Graziano, da Segurança Alimentar e Combate à Fome e de Marina Silva, do Meio Ambiente já sinalizava o novo enfoque da pesquisa agropecuária no Governo Lula, confirmada nos discursos: agricultura familiar, incorporação da preocupação ambiental e o apoio ao projeto Fome Zero.

As prioridades para o setor foram detalhadas pelo diretor presidente e complementadas pelas falas dos ministros, numa demonstração de que o atual governo deseja uma atuação integrada de sua equipe. E, mais uma vez, o protocolo deu espaço à emoção. O discurso de Clayton Campanhola foi precedido por imagens num telão acompanhadas do poema Eu Quero, de Patativa do Assaré, maior poeta popular do Brasil, falecido ano passado. No poema, o cordelista fala do desejo de igualdade, paz e liberdade.

O novo diretor-presidente da Embrapa apresentou como desafios principais, a quebra do "exacerbado desequilíbrio social presente pela escassez de postos de trabalho nos mais diferentes setores econômicos" e a melhoria da inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional. Campanhola ressaltou ainda a importância do controle social das ações de pesquisa e desenvolvimento e a atenção que deve ser dada aos recursos naturais, especialmente o solo e a água.

Fome - O ministro Roberto Rodrigues, além de reafirmar a prioridade à agricultura familiar como auxílio ao combate à fome e o apoio à sustentabilidade, assegurou que a "Embrapa não vai ficar a reboque dos avanços tecnológicos" e que não haverá rompimentos na trajetória das pesquisas. O ministro da Segurança Alimentar ressaltou que o Fome Zero é um projeto de quatro anos, a ser construído com estratégia e "muitos exércitos" que seu ministério se prepara para receber.

José Graziano disse que precisará contar com a parceria da Embrapa no desenvolvimento do programa de educação alimentar, a ser realizado a partir da retomada de hábitos de consumos regionais. O programa contará com a colaboração da Radiobrás. O ministro pediu ainda que a Embrapa proceda a um diagnóstico das perdas pós-colheita com vistas à diminuição do desperdício e uma avaliação sobre o desequilíbrio regional entre centros de produção e consumo de alimentos.

A ministra Marina Silva lembrou a importância da interação da política ambiental em todos os setores do governo. Marina emocionou a platéia ao fazer uso de uma "história de caboclo" para pedir respeito e sensibilidade dos pesquisadores quando do encontro das ciências - a formal e a popular. "Tradição e modernidade se completam, não são excludentes" ressaltou. Para ela, o maior desafio do governo Lula será "desconstruir" a idéia de que dirigentes, políticos, pesquisadores são os provedores das grandes necessidades. Segundo diz, o êxito só virá se o povo fizer parte da "equação e da resposta".

Clayton Campanhola aproveitou a cerimônia de posse para apresentar a nova diretoria executiva composta pela economista Mariza Barbosa, pesquisadora da Embrapa desde 1987, pelo também engenheiro agrônomo Gustavo Chianca, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro) e pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Herbert Cavalcante de Lima.

Clique aqui para ler a íntegra do discurso de posse do novo Diretor-Presidente da Embrapa.

Valéria Costa - MTb 15.533/59/32 /SP Assessoria de Comunicação Social - Embrapa Sede Fone: (61) 448.4379 Fax 347 1041 Endereço eletrônico: valeria.costa@embrapa.br  

Tema: A Embrapa 

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