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Brasil e China ampliam cooperação em pesquisa sobre algodão

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Brasil e a República Popular da China devem ampliar nos próximos anos a cooperação científica para pesquisa agronômica com a cultura do algodão. Esse é um dos objetivos da missão técnica chinesa que visita hoje e amanhã, dia 11 e 12 de fevereiro, a Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB). A baixa qualidade da fibra é um dos principais problemas dos chineses, que têm interesse em transferir para o seu país variedades de algodão brasileiro de padrão mais elevado e cultivares desenvolvidas pela Embrapa resistentes à doenças.

Para o Brasil, o maior interesse nesse tipo de cooperação é na área de biotecnologia, onde os pesquisadores da China conquistaram avanços significativos na produção de cultivares geneticamente modificadas de algodão. Segundo Weizhong Lu, diretor do Laboratório de Agrobiologia do Ministério da Agricultura, o intercâmbio de informações com os pesquisadores da Embrapa pode ajudar a pesquisa chinesa a encontrar soluções para problemas como a murcha do verticílio, um dos mais graves para a cultura naquele país.

Os chineses mostraram-se interessados também nos avanços que os pesquisadores brasileiros conquistaram no desenvolvimento de tecnologias para pequenos produtores, especialmente na região semi-árida nordestina, onde o sistema de produção da cotonicultura está baseado na agricultura familiar. "Nos surpreende, no Brasil, as grandes áreas ocupadas pelo plantio do algodão e o fato de os agricultores contarem com o suporte de fundações para o investimento em pesquisa e transferência de tecnologia", comenta Baolong Zhang, professor-assistente da Academia de Ciências Agrárias de Jiangsu, província chinesa maior produtora de algodão do país.

O programa de cooperação científica entre Brasil e China foi iniciado no início dos anos 90 e envolve outras culturas pesquisadas pela Embrapa, como o trigo. Hoje a China mantém uma área cultivada com algodão que gira em torno de 20 a 30 milhões de acres (a medida mais utilizada pelos chineses). A produtividade média, no entanto, é de cerca de 70 quilos por acre.

A Embrapa Algodão possui um banco de germoplasma (genes vegetais) com 40 espécies diferentes de algodoeiro e mais de 3.000 acessos. "É dessa coleção genética que saem as pesquisas para a geração de novas variedades e que, certamente, atraiu o interesse dos colegas pesquisadores chineses", diz Alderi Emídio de Araújo, chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Algodão.

Jornalista: Dalmo Oliveira – MTb/PB n°0859 Embrapa Algodão Fone: 315.4361 E-mail: dalmo@cnpa.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

Mais informações sobre o tema
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