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Estudo do genoma do guaraná recebe investimentos do CNPq

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Durante a reunião técnica do guaraná, ocorrida em Manaus, com pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi anunciada a liberação, por parte do convênio MCT/CNPq, da parcela de R$ 1,15 milhão para a Realgene, rede de pesquisa formada por essas instituições (mais a Universidade Federal do Pará) para estudar o genoma de plantas regionais.

O projeto genoma permitirá a análises da diversidade genética de espécies da região Norte, tanto para orientar a conservação como para o uso sustentável dos recursos da biodiversidade. Segundo o coordenador do projeto e consultor da Ufam, Spartaco Astolfi, o valor representa apenas um décimo do orçamento previsto para a estruturação da Rede, mas já sinaliza para a concretização de um grandioso intercâmbio de pesquisa, que iniciará suas atividades estudando o genoma do guaraná. "Esse valor representa apenas um décimo do total que deverá ser investido em formação de pessoal e criação de estruturas em todos os estados na região Norte", disse.

Os investimentos serão aplicados diretamente no desenvolvimento da pesquisa. Tem um forte componente de formação de recursos humanos e criação de infra-estrutura tanto para seqüenciamento como para a área de genética genômica, "Muitas coisas de genoma, não só de seqüenciamento, são extremamente importantes para entender a biodiversidade, até para fazer o manejo. Então nós consideramos fundamental esse trabalho", define Spartaco.

Para garantir o aporte de recursos que chegam há mais de R$ 10 milhões, o Realgene esperar envolver órgãos como a Suframa, Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), Banco da Amazônia e Governos estaduais. No futuro serão estudadas diversas plantas, o que demandará altos investimentos para levantar a estrutura de pessoal e material. Mas no momento, as atenções se voltam para o guaraná, por ser uma cultura bastante cultivada na região Norte e representar uma das riquezas da Amazônia.

Para nivelar os conhecimentos das instituições de pesquisa sobre o guaraná e fortalecer a rede de estudos formada para decifrar o genoma da planta, foi realizada quinta-feira passada (20/02), reunião de pesquisa e desenvolvimento com cientistas da Embrapa, Inpa e Universidade Federal do Amazonas.

A rede de pesquisa formada para decifrar o seqüenciamento genético do guaraná foi formada ano passado e envolve instituições públicas de pesquisa situadas na região Norte. No Amazonas, a liderança do projeto está com a Universidade Federal, mas é a Embrapa que detém a maior parcela de conhecimento sobre a cultura, pois há mais de 20 anos estuda o guaraná e possui campo experimental e banco ativo de germoplasma, contendo amostras de todas as espécies da planta coletadas ao longo desse período de estudo. A Empresa dispõe também de laboratório de biotecnologia que poderá servir de base para os trabalhos.

Jornalista: Maria José Tupinambá - 114/DRT-AM Embrapa Amazônia Ocidental maria@cpaa.embrapa.br www.cpaa.embrapa.br Fones: 621-0406/0300 Fax: 621-0360  

Tema: Produtos Agropecuários 

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