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Brasil participa de evento de nanotecnologia no Japão

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O Brasil está participando, de 26 a 28 de fevereiro, de um dos mais importantes eventos mundiais de Nanociência e Nanotecnologia: a Nanotech 2003 + Future, composta de uma exposição internacional e um congresso temático no Japão. A Nanotecnologia permite a produção de novos materiais e o controle e exploração de suas propriedades em escala atômica e molecular, abrindo novas possibilidades de aplicações em eletrônica, medicina, biotecnologia e prometendo revolucionar vários outros setores. Os investimentos nesta área crescem espantosamente a cada ano. Só no ano passado, EUA, Japão e Europa investiram mais de 1.5 bilhão de dólares.

O evento reúne delegações de representantes de 25 países, incluindo o Brasil, que foi convidado para se apresentar e é o único país da América Latina representado. Os organizadores estimam a presença mais de 20 mil visitantes durante a Exposição. A participação do Brasil contou com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que enviaram missão científica composta por representantes de Instituições Brasileiras que atuam nesta área, como Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Estadual de Campinas, Universidade de Mogi das Cruzes, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Ceará, Universidade de São Paulo e Embrapa Instrumentação Agropecuária, uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Estas instituições fazem parte da iniciativa do MCT/CNPq para incentivar a nanotecnologia no Brasil. Em 2001 foram criadas quatro redes temáticas de pesquisa, que têm atuado na integração e atualização de pesquisadores e instituições, com o objetivo de potencializar o desenvolvimento da nanotecnologia no País. ]

Os trabalhos e produtos apresentados na Nanotech 2003 + Future envolvem atividades do estado da arte da pesquisa hoje desenvolvidas no Brasil nas áreas de Nanotecnologia Molecular, Nanobiotecnologia, Nanoquímica, Nanodispositivos Semicondutores e Materiais Nanoestruturados. Os frutos desta tecnologia já começaram a aparecer no Brasil.

Um é o nanodosímetro de irradiação ultravioleta, desenvolvido e patenteado pela Universidade Federal de Pernambuco (Recife-PE) e produzido por uma empresa incubada na UFPE, permite monitorar o nível de radiação a que seres humanos são expostos, para prevenção de câncer de pele em trabalhadores. Outro é o sensor gustativo, conhecido por "Língua Eletrônica", que permite a avaliação de qualidade de água, classificação e certificação de bebidas de grande importância comercial, como café, leite e vinhos. O equipamento foi desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP).

Além destes, há também o dosímetro de radiação de altas energias (raios-x e raios gama), à base de nanoestruturas silício/polímero, recentemente patenteado pela UFPE, que pode ser usado (em altas e baixas doses de radiação para aplicações na física médica) no monitoramento de doses em pacientes e também na agricultura, para imunização e prolongamento de vida útil de alimentos vegetais.

Mais informações: Embrapa Instrumentação Agropecuária Telefone: (16) 274-2477 E-mail: elomir@cnpdia.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Instrumentação 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/