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Em discussão a estratégia para o Fome Zero no NE

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Dirigentes e técnicos dos seis centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Nordeste discutem a partir dessa segunda-feira, 24, em Petrolina (PE) as estratégias e ações que a empresa deve implementar imediatamente dentro do programa Fome Zero na região. Uma primeira reunião ocorreu mês passado em Teresina (PI).

A Embrapa Algodão (Campina Grande/PB) leva para a reunião propostas para uma ação localizada na região semi-árida, onde possui tecnologias para culturas alimentares como amendoim. "Vamos discutir como será feita a implementação de comitês de Segurança Alimentar nas Unidades", detalha Odilon Reny Ribeiro, chefe adjunto de Comunicação, Negócios e Apoio da Embrapa Algodão. Um dos exemplos é a cultivar de amendoim BRS 151 - L 7, precoce, produtiva, tolerante à seca e de grande adaptação ao cultivo em clima semi-árido. É indicada para o mercado de consumo in natura e para indústria de alimentos. Tolerante ao estresse hídrico, tem sido indicada pelos pesquisadores para cultivo em sequeiro e irrigado no Nordeste brasileiro. A cultivar possui alto valor nutricional com relação à qualidade da sua proteína (aminoácidos, AAs) e do óleo (ácidos graxos).

Testada em ensaios conduzidos na Paraíba (Campina Grande, Itabaiana, Mogeiro, Esperança), Bahia (Cruz das Almas, Conceição do Almeida, Caetité, Juazeiro, Barreiras, Angical, Rodelas), Pernambuco (Araripina, Parnamirim, Goiana, Petrolina, Petrolândia) e Sergipe (Itabaiana, Canindé do São Francisco, Boquim, Lagarto), nos anos 1994 a 1997 em regime de sequeiro, a BRS 151 - L 7 apresentou rendimento médio de 1.850 quilos por hectare em vagens.

A Unidade paraibana da Embrapa tem ainda uma grande contribuição a dar aos pequenos agricultores nordestinos ligados ao cultivo de algodão e sisal, duas culturas extremamente importantes no que diz respeito à fixação do sertanejo na região, por serem geradoras de renda e emprego no semi-árido nordestino.

Desenvolvimento territorial - Para o evento em Petrolina estarão presentes o diretor executivo da Embrapa Gustavo Kauark Chianca e o assessor da Presidência Laércio Nunes e Nunes. Kauark é um entusiasta do conceito de "Desenvolvimento Territorial", tema que será discutido por consultores convidados pela empresa nos dias 25 e 26, no auditório da Embrapa Semi-Árido (Petrolina/PE). Eles farão conferências e apresentações de experiências e vão ajudar os dirigentes e técnicos da empresa do Nordeste na compatibilização de uma metodologia específica para a Embrapa. O pesquisador Pedro Carlos Gama da Silva vai mostrar a experiência de Desenvolvimento Territorial que coordenou no distrito de Massaroca, em Juazeiro da Bahia.

Nos governos anteriores a Embrapa concentrou seus esforços de pesquisa no desenvolvimento da agricultura irrigada, que no semi-árido tem potencial de ocupação de 2 milhões de hectares, o que representa apenas 2% da área do chamado "polígono das secas". Agora, a empresa é chamada a dar respostas também para os agricultores não-irrigantes, a maior parte deles desafiados historicamente a arrancar seu sustento da própria Caatinga, um bioma que se extende por cerca de 70% da região semi-árida brasileira.

Dalmo Oliveira da Silva Área de Comunicação Empresarial (ACE) Embrapa Algodão Fone: (83) 315.4361 E-mail: dalmo@cnpa.embrapa.br ICQ 135599729  

Tema: A Embrapa 

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