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Aquecimento global - Esquenta discussão em Washington

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O programa americano de pesquisa científica em mudança climática foi bastante discutido em um encontro em Washington, nos Estados Unidos, do qual Helvécio De-Polli, pesquisador da Embrapa/Labex-EUA na Área de Mudança Global do Clima, participou e ralatou o foco principal da discussão. Reunindo cerca de mil pessoas, entre cientistas americanos e estrangeiros, gerentes, jornalistas, lobistas políticos e ambientalístas, as diferentes sessões do encontro foram pautadas por questionamentos a respeito do que mais poderia ser feito em prol do meio ambiente.

Apesar de reconhecer a ocorrência de mudanças climáticas de origem antrópica, o governo americano alega que há ainda um alto nível de incerteza quanto a sua magnitude, o que dificulta uma tomada de decisão no controle das emissões dos gases causadores do efeito estufa, principalmente no âmbito industrial. Contudo, o governo americano optou por duas estratégias: lançar um programa de pesquisa para melhorar o conhecimento científico no assunto e iniciar um programa voluntário, porém induzido e com registro, de redução das emissões de gases. Com isso, os Estados Unidos continuará não engajado ao Protocolo de Quioto.

O orçamento anual de US$ 1,7 bilhões promete trazer benefícios, contudo, a revista Nature (12/12/02) e os jornais The New York Times (12/01/03) e The Washington Post (08/01/03) reportam que as ações propostas pelo governo são insuficientes para combater o aquecimento global, tanto que surgiu no poder legislativo um projeto pró-ambientalista propondo redução industrial na emissão de gases cousadores do efeito estufa de forma moderada até 2010 e mais arrojada para 2016.

A sociedade americana vêm se empenhando em promover ações para inibir o aquecimento global, contudo, as ações propostas pelo governo têm sido consideradas pouco eficientes no sentido de mitigar o efeito estufa. As bases estratégicas adotadas, dependem principalmente da eficiência dos gerentes do governo nas negociações com o setor industrial, e do volume do investimento nas pesquisas, que poderão revelar soluções inovadoras para o combate ao efeito estufa, e gerar oportunidades de negócios em novos equipamentos, motores, produtos e plantas. O plano estratégico americano, abre também, novas oportunidades de cooperação científica com outros países, inclusive com o Brasil cujas características geográficas, ambientais e estruturais são favaoráveis às negociações de parcerias.

Roberto Penteado - MTb 220/DF Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Fone: 61 448.4561 E-mail: rpent@sede.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

Mais informações sobre o tema
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