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Produção orgânica de leite é tema de palestra em Rondônia

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"Uma das vantagens da produção orgânica é ingerir um produto limpo, sem resíduos de agrotóxicos". O pesquisador e médico veterinário da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Januário Magalhães Aroeira, proferirá palestra sobre "Tecnologias para a produção orgânica de leite", que será realizada no próximo dia 24, segunda-feira, no auditório da Embrapa Rondônia, Unidade da empresa localizada em Porto Velho, capital do Estado. Na quarta-feira, 26, o Centro de Treinamento da Emater Rondônia, localizado em Ji-Paraná, município localizado a 360 quilômetros de Porto Velho, sediará mais uma edição do evento.

De acordo com o pesquisador, sistemas orgânicos estão entre as tendências da agricultura moderna, com crescimento na taxa de 30% ao ano. Aroeira é enfático em relação a esse caminho. Responsável pelo desenvolvimento de um projeto no qual a agricultura orgânica deve ser tratada como uma das grandes metas nacionais dentro das ações da diretoria da Embrapa, o pesquisador defende o sistema como alternativa para a agricultura familiar. "O produto orgânico é diferenciado e alcança um valor mais alto no mercado", diz. "Nosso desafio é vencer as dificuldades existentes e oferecer um produto para um consumidor mais exigente", responde.

A tecnologia para se obter o leite orgânico ainda é incipiente. As pastagens devem ser altamente diversificadas, implantadas em sistemas silvopastoris, e os animais não podem entrar em contato com qualquer espécie de produtos químicos. Existem três modalidades para se chegar ao produto: sistema "a pasto" (animais soltos nas pastagens) "semi-intensivo" (com rotação de piquetes) e "fechado" (tipo confinamento, com o animal alimentando-se de capim exclusivamente no cocho). Em relação às alternativas para o tratamento de enfermidades e combate a parasitas nos animais, Luiz Aroeira cita duas: tratamentos fitoterápicos (à base de plantas) e homeopáticos (por meio de preparados para combater as causas).

Agricultura familiar - No Brasil, a tecnologia denominada "boi orgânico" já está em fase adiantada de exploração. "Até o abate, o boi fica no pasto sem adubos químicos ou agrotóxicos e depois vai direto para a mesa do consumidor. A produção do leite orgânico é mais difícil, por envolver várias etapas na sua produção", explica o pesquisador. Mesmo assim, segundo ele, o sistema é totalmente viável para um nicho de mercado específico: pequenos e médios produtores, que produzem o leite quase que exclusivamente a partir de pastagens. "Devemos conscientizar os agentes da cadeia produtiva que o leite é um alimento imprescindível e que é um importante elemento do agronegócio brasileiro. Queremos aumentar a produtividade e, conseqüentemente, a produção, sem degradar o meio ambiente", argumenta.

Em Rondônia, pela localização do Estado em uma região com necessidade ainda maior de preservação ambiental, o sistema deve alcançar um grande número de seguidores, segundo o pesquisador da Embrapa. Para Luiz Aroeira, a vocação agroflorestal é perfeita para a introdução do sistema gerador do leite orgânico: pastagens em sistemas silvopastoris. "Além disso, a produção orgânica é um mecanismo inegável para evitar queimadas e impedir a geração de áreas degradadas", assegura. As palestras são destinadas a produtores rurais e a técnicos de órgãos e entidades envolvidas na produção de leite no Estado. Mais informações podem ser obtidas junto à assessoria de comunicação social da Embrapa Rondônia: (69) 225-9387 ou pelo e-mail sac@cpafro.embrapa.br .

Jornalista responsável: Guilherme Ferreira Viana (MG 06566 JP) Assessoria de Comunicação Embrapa Rondônia Área de Comunicação e Negócios (ACN) Telefone: (69) 225-9387 E-mail: gfviana@cpafro.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Pecuária e Pastagens\Gado de Leite\Leite 

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