01/03/03 |

Suíça vai apoiar "tecnologia limpa" de empresas paraibanas

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Apoiar o parque industrial de Campina Grande na adoção de processos de tecnologia limpa. Esse será o principal objetivo de um centro tecnológico a ser implantado naquela cidade nos próximos meses, com recursos do governo suíço. As cadeias produtivas do algodão colorido e do gergelim poderão ser as primeiras beneficiadas.

O perito Beat Grüninger está na Paraíba para manter os primeiros contatos com possíveis parceiros. Grüninger reuniu-se no dia 26 de março com o secretário de agricultura do Estado, Francisco Quintans, com a secretária-adjunta de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campina Grande, Maysa Gadelha e com os pesquisadores Napoleão Esberard e Alderi Emídio de Araújo da Embrapa Algodão (Campina Grande/PB), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Grüninger disse que um dos motivos pelo qual a cidade paraibana foi escolhida entre outros centros importantes, como Juiz de Fora (MG), é sua posição geográfica estratégica na região. "O centro deve atender setores da indústria e da produção regional, de cadeias produtivas como a têxtil, do couro e de alimentos", detalha.

O perito diz que a Suíça tem um mercado grande e crescente para produtos naturais, principalmente aqueles oriundos da pequena e micro-produção. O centro tecnológico vai atuar como certificador de uma espécie de "selo social" para os produtos concebidos dentro do conceito de "tecnologia limpa" , assessorando as empresas da região principalmente em processos como embalagem e transporte.

Ligado à diretoria de cooperação internacional da Secretária Econômica do governo suíço, o centro tecnológico poderá significar um passaporte de respaldo na relação comercial entre a Paraíba e o mercado consumidor de produtos naturais da Europa.

Um exemplo da importância desse tipo de certificação especial para produtos "limpos" está sendo vivido pelo Consórcio Natural Fashion, de empresas têxteis de Campina Grande, que não vai poder participar, este ano, da Biofar - importante feira do setor que acontece no segundo semestre na Alemanha. "Ainda não obtivemos o selo provisório, expedido pelo Instituto Biodinâmico, que garante que os nossos produtos são 100% naturais", lamenta Maysa Gadelha.

"O governo da Paraíba tem consciência de duas vertentes importantes ao incentivar cadeias produtivas como a do algodão colorido: a social, pela melhoria de renda dos produtores paraibanos de algodão; e a da econômica, pelo reaquecimento do ambiente têxtil da região", reconhece o secretário Quintans.

Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Contatos: (83) 315.4361 E-mail: dalmo@cnpa.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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