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Especial 30 Anos - Sistema de Plantio direto permite economia de 1 bilhão de reais por ano

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Estudos mostram que com uso de plantio direto, deixam de ser erodidos, anualmente, quase 100 milhões de toneladas de solo

Sistema de manejo conservacionista, o Plantio Direto que na década de 90 ocupava uma área de cerca de 11 milhões de hectares hoje ocupa uma área de mais de 14 milhões de hectares. Estudos mostram que anualmente deixam de ser erodidos quase 100 milhões de toneladas de solo rico em nutrientes, e que mais de 18 bilhões de metros cúbicos de água sejam mantidos no solo, promovendo o ciclo longo da água e evitando o assoreamento de cursos e reservatórios de água, além de melhorar a qualidade da água e diminuir os riscos de enchentes. Com a diminuição das perdas de solo e nutrientes estima-se que ocorra uma economia da ordem de 1 bilhão de reais a cada ano.

Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura da Pecuária e do Abastecimento com a participação fundamental da iniciativa privada (agricultores, cooperativas, empresas etc.) o sistema de plantio direto é caracterizado pelo desenvolvimento de sistemas de produção integrados, pela semeadura sem revolvimento do solo, pelo uso de rotação de culturas, e pela cobertura permanente do solo, seja com plantas em desenvolvimento ou seus restos culturais.

A aceitação do Plantio Direto deve-se, principalmente, aos seus efeitos sobre o controle da erosão hídrica, que é praticamente eliminada. Entretanto, existem também outras importantes vantagens que alavancaram a sua adoção, como os impactos positivos promovidos na qualidade do solo, da água e na estabilidade econômico- financeira das unidades rurais, além do incremento na produtividade e da diminuição dos custos de produção.

O aumento da matéria orgânica do solo, decorrente do uso do sistema de plantio direto, mostra que ele desempenha um papel importante no balanço do carbono, elemento crítico no processo de aquecimento global. Estima-se que a cada 1% de aumento no teor de matéria orgânica na camada superior do solo (20cm), 130 milhões de toneladas de carbono sejam imobilizadas.

A redução das tradicionais operações de preparo do solo reduzem significativamente o uso de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução de emissão de gases que interferem no efeito estufa, além de enormes benefícios no equacionamento da matriz energética do país, com redução anual no consumo de óleo diesel de aproximadamente 20 milhões de barris (Esse óleo é proveniente de 75 milhões de barris de petróleo). A diminuição das tarefas de preparo do solo aumenta o período de tempo disponível para o plantio, com maior chance de atender o calendário proposto pelo zoneamento agrícola e com a conseqüente diminuição da frustração de safras e o aumento da segurança alimentar.

A possibilidade do mesmo ser utilizado em todos os tipos de exploração agrícola pelos mais diferentes tipos de produtores, por facilitar a diversificação de atividades, e por reduzir tarefas que demandam grande utilização da mão de obra, traz reflexos na melhoria de renda, na fixação do homem ao campo e na redução na migração rural. A maior eficiência produtiva e melhoria da renda do setor traz efeitos multiplicadores nos setores secundário e terciário da economia, gerando mais empregos e conferindo maior sustentabilidade econômica, social e ambiental ao agronegócio como um todo.

Jornalista: Rosângela Evangelista Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Telefone: 61-448-4012 E-mail: angel@sede.embrapa.br  

Tema: A Embrapa 

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