01/04/03 |

Especial 30 Anos - Pesquisas na Região Sudeste estão voltadas à precisão e qualidade em toda a cadeia produtiva

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Estudos sobre solos e impactos ambientais, melhoramento de raças animais e tecnologias para alimentos mais saudáveis são destaques

As Unidades da Embrapa nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais dedicam esforços ao desenvolvimento de metodologias, softwares e equipamentos que trazem mais precisão e qualidade à produção agropecuária e agroindustrial. Suas pesquisas voltam-se aos sistemas de análise e mapeamento dos solos, que reduzem riscos na produção e guiam a expansão das fronteiras agrícolas. À adaptação de novas raças animais. Aos estudos dos impactos ambientais das atividades agrícolas e também urbanas. Às novas descobertas sobre tecnologias de alimentos e à aplicação de técnicas que contribuem para a melhor qualidade de vida da população brasileira. As tecnologias geradas pela Empresa nas Unidades da Região Sudeste não estão restritas às características regionais. São aplicadas em todo o país.

Alguns destaques:

Mapa de Solos do Brasil - A Embrapa reuniu informações sobre gênese, morfologia, física, química e fertilidade dos solos brasileiros. Agregou dados sobre clima, vegetação e relevo. Deu origem a mapas que se tornaram importantes instrumentos de planejamento da produção agrícola do país. O trabalho influencia o aumento da produtividade da agropecuária nacional e, ao longo dos anos, inspirou novos estudos, a elaboração de mapas cada vez mais precisos e o zoneamento agrecológico das várias regiões brasileiras. O conhecimento sobre os solos do país é base para o desenvolvimento regional, ao indicar áreas de maior ou menor potencial para fins agropecuários e preservação do meio ambiente.

Fixação biológica de nitrogênio - A fixação biológica do nitrogênio atmosférico por bactérias diazotróficas na soja, feijão, ervilha e outras leguminosas traz vantagens econômicas e ambientais para o Brasil. Hoje, a fixação biológica é empregada em cerca de 12 milhões de hectares de área plantada, reduzindo a importação de adubos nitrogenados. Apenas na soja, há uma economia de cerca de US$ 1,5 bilhão a cada ano. Outra vantagem é a redução da poluição dos recursos hídricos.

Canchim - cruzamentos e novas linhagens - A utilização de touros da raça Canchim em programas de cruzamento, em monta natural com vacas Nelore, para produção de carne, vem trazendo vantagens para produtores de bovinos de corte, segmentos da agroindústria, consumidores, atacadistas e varejistas e para o setor de transportes. Pesquisa desenvolvida pela Embrapa mostra que esse cruzamento leva a um aumento da eficiência nutricional, com a mesma oferta quantitativa e qualitativa de pastagem. Mantém-se a rusticidade e precocidade dos animais. A tecnologia vem sendo adotada principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Esse cruzamento traz impactos significativos sobre o sistema de produção. A produtividade é maior, sem adicional de custos. A idade de abate é reduzida, há menor emissão de gases do efeito estufa por quilograma de carne e não há necessidade de ampliação da área de pastagens. Para o consumidor, a principal vantagem é a oferta de carne de qualidade a preços mais baratos. Além da utilização do Canchim em cruzamentos com Nelore, a Embrapa também está desenvolvendo novas linhagens de Canchim, mais produtivas e econômicas. O Canchim é uma raça brasileira, criada na Embrapa a partir do cruzamento das raças Charolês (5/8) e alguma raça zebuína (3/8), hoje predominando o Nelore nesses 3/8. Com isso, o Canchim possui a rusticidade das raças zebuínas (resistência ao calor, carrapatos, bernes, etc) e a precocidade (ganho de peso mais rápido e conseqüente redução da idade de abate) do Charolês, bem como a maior maciez da carne, trazida pelas raças européias.

Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC (Programa Alimentos Seguros – PAS) - A Embrapa vem desenvolvendo ações de apoio ao setor produtivo para implementação desse sistema, criado para identificação e controle dos pontos mais vulneráveis à contaminação dos alimentos. Envolve toda a cadeia produtiva – do campo à mesa do consumidor. O sistema é obrigatório na Comunidade Européia e nos Estados Unidos e recomendado pela Organização Mundial do Comércio – OMC (é considerado pré-requisito entre os países signatários da Organização para comercialização de produtos alimentícios) e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO. É aprovado pelo Codex Alimentarius. No campo, especificamente, trata da normatização das práticas agrícolas, visando à certificação do produto final. Reconhece as ações mais fomentadas e implantadas por produtores e implementa o sistema de boas práticas na agricultura, diminuindo impactos ambientais adversos. No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ministério da Saúde estão empenhados na aplicação do sistema. A Embrapa e parceiros estão promovendo cursos para capacitar o produtor rural a controlar a contaminação por microrganismos, agroquímicos, toxinas e outros riscos à segurança dos produtos, contribuindo para que ele se torne apto a atender às exigências das indústrias processadoras de alimentos, das redes de distribuição e do mercado externo. Protocolos como o sistema APPCC são considerados garantia da produção de alimentos de qualidade e mais seguros à saúde do consumidor, da elevação da competitividade das empresas, do aperfeiçoamento dos processos produtivos e da redução dos custos de produção.

Jornalistas Marita Cardillo (2264 DF) e Jorge Reti (12693 SP) Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Telefone (61) 448.4039 E-mail: marita@sede.embrapa.br e jreti@cppse.embrapa.br http://www.embrapa.br Brasília-DF, 29 de abril de 2003  

Tema: A Embrapa 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/