Após dois anos de trabalho, o acordo firmado entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Assessoria de Meio Ambiente da Infraero mostra seus primeiros resultados: duas áreas degradadas (Morro do Radar e Jazida do Itacolomi) localizadas no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro (RJ) que eram praticamente desertas, se transformaram em exuberantes parcelas de Mata Atlântica.

"Tratamos a área para que o solo não fique exposto. Além de contribuir para a conservação do terreno da Infraero, estamos propiciando também o desenvolvimento de novas técnicas para áreas degradadas pela erosão" , explica Aluísio Granato de Andrade, pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), responsável pelo projeto.

O trabalho realizado pela Embrapa Solos modificou o relevo, a rede de drenagem, as propriedades do solo e a biodiversidade local, o que contribuiu para a enorme mudança visual da área. Outro efeito positivo foi a diminuição do número de urubus circulando pelo terreno do aeroporto. As mudas utilizadas na área são cultivadas especialmente para o projeto pela própria Embrapa. São plantas de diversas espécies, entre elas sabiá, maricá, orelha de negro e mulungu.

Visando proporcionar alternativas ecológicas e econômicas para a recuperação destas áreas, foi montado, no próprio aeroporto, um experimento utilizando o lodo de esgoto como fonte de matéria orgânica para a adubação das plantas utilizadas para a revegetação do local.

O convênio foi o primeiro desse tipo num aeroporto da Infraero. - "Não tínhamos tecnologia nem mão-de-obra para recuperar o solo degradado do aeroporto. A parceria foi fundamental" - diz a assessora de meio ambiente da Infraero, Tânia Caldas. Com o resultado obtido no Tom Jobim a parceria Embrapa Solos/Infraero foi levada para mais 19 aeroportos.

Jornalista: Carlos Dias (20.395 MTb RJ) Embrapa Solos Telefones: (21) 2274-4999 R-278 e (21) 9618-7735 E-mail – carlos@cnps.embrapa.br