Cientistas representantes de todos os países onde são desenvolvidas ações do Programa de Alternativas para a Agricultura de Derruba e Queimas (Alternatives for Slash and Burn Programme – ASB) se reuniram em Nairobi, Quênia, na segunda quinzena de março. A reunião foi realizada em conjunto com a Secretaria do Programa de Avaliação de Ecossistemas do Milênio (Millenium Ecosystem Assessment Program – MA) com o objetivo de apresentar uma síntese do que já foi executado tendo como enfoque a avaliação de ecossistemas do milênio. Questões como redução da pobreza, crescimento econômico, globalização e suas respectivas conseqüências nos ecossistemas foram alguns dos assuntos tratados.

A iniciativa é financiada pelo Banco Mundial, países doadores e fundações privadas, representadas no Comitê Diretor por grupos de usuários do programa e pelas Nações Unidas. A coordenadora nacional do ASB e pesquisadora na Área de Florestas e Solos da Embrapa Rondônia (Porto Velho/RO),Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marília Locatelli representou a instituição de pesquisa na reunião, que definiu a realização de um trabalho piloto para ser concluído até 2004 por cientistas em conjunto com formadores de opinião que usam e manejam recursos de ecossistemas, "um esforço internacional para avaliar a capacidade dos ecossistemas para suportar o bem-estar dos seres humanos e a vida na Terra", diz a coordenadora. Segundo pesquisadores, recursos de ecossistemas constituem-se em benefícios que a natureza oferece aos seres vivos, como ar, água, comida, produtos florestais e biodiversidade.

Quando concluído, em fevereiro de 2004, o projeto poderá ser fonte de consultas para o Governo – oferecendo subsídios para a tomada de decisões – e empresas, definindo estratégias de negócios em sistemas de manejo ambientais e pela própria população, revelando o impacto que as mudanças nos ecossistemas podem provocar no seu bem-estar. O trabalho piloto será conduzido pelo ASB em duas escalas: local e nacional, sendo que a primeira englobará os estados de Rondônia, Acre, e Pará no Brasil, e os seguintes países: Peru, República dos Camarões, Tailândia, Indonésia e Filipinas. A escala nacional engloba os seis países citados, que possuem o ASB, elegendo a Embrapa como representante do programa no Brasil. Na reunião, ainda estiveram presentes os pesquisadores Judson Ferreira Valentim, da Embrapa Acre(Rio Branco/AC) e Tatiana Deane de Abreu Sá da Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA).

ASB – O Programa de Alternativas para a Agricultura de Derruba e Queimas (ASB) tem o objetivo de proporcionar crescimento econômico, combater a pobreza e possibilitar o desenvolvimento sustentável aos países em que atua, sendo que as duas unidades de pesquisa da Embrapa, empresa vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mapa, instaladas no Acre e em Rondônia são partes integrantes do projeto. O órgão denominado World Agroforestry Centre (Centro Mundial de Sistemas Agroflorestais), localizado em Nairóbi, no Quênia, é onde está localizada a coordenação global do ASB. Mais informações podem ser obtidas junto à assessoria de comunicação social da Embrapa Rondônia pelo telefone (69) 225-9387, pelo e-mail sac@cpafro.embrapa.br ou na página http://www.asb.cgiar.org

Jornalista responsável: Guilherme Ferreira Viana (MG 06566 JP) Assessoria de Comunicação Social Embrapa Rondônia Área de Comunicação e Negócios (ACN) Telefone: (69) 225-9387 / 222-0014 (ramal 6530) Fax: (69) 222-0409 E-mail: gfviana@cpafro.embrapa.br