01/05/03 |

Estudos comprovam que café combate doenças cardiovasculares e a depressão

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O painel "Ciência e Tecnologia como Suporte ao Agronegócio Café" abriu as Plenárias do III Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, na manhã do dia 12 de maio, em Porto Seguro (BA). O moderador Ernesto Illy, presidente da Illy Café ressaltou a importância de investimentos no setor cafeeiro visando dinamizar o agronegócio cafeeiro principalmente para obtenção de resultados contra as pragas e quanto ao sabor que é considerado um fator de conquista do consumidor. Confirmando o discurso inicial do Simpósio, o diretor-executivo da Organização Internacional do Café, Néstor Osorio reafirmou na solenidade de abertura das Plenárias, o interesse da OIC em apoiar pesquisas visando identificar e organizar projetos urgentes e coerentes e, posterior transferência de tecnologias. "Trabalhos desenvolvidos como os da Embrapa não podem ficar reservados e têm cada vez mais que serem difundidos. A OIC pode ser um setor difusor e canalizador desses resultados", disse Osório. Ele ainda ressaltou que estão em andamento 16 projetos de pesquisa e outros 11 estão programados para 2003.

A segunda palestra "Saúde do Consumidor: Ponto de Partida para a Geração de Tecnologias e Ampliação do Mercado Mundial" com o médico e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Darcy Lima – autor de vários livros sobre os efeitos do café no corpo humano – destacou que estudos comprovam que o café é um forte componente alimentar que previne doenças, além de interferir no humor. Dentre as doenças nas quais o café atua estão a depressão, suicídio, tabagismo e alcoolismo. De acordo com o médico e professor universitário, Darcy Lima "o alcoolismo é considerado a peste moderna e a depressão, segundo recentes estudos, será a segunda maior causa de morte em 2020, perdendo apenas para o infarto".

Baseando em dados sobre a preocupação atual do consumidor em prevenir e não só remediar doenças através da alimentação e prática de esportes, a pesquisa no setor cafeeiro merece atenção especial, uma vez que estudos já comprovam a eficiência do produto no combate à doenças. A ingestão do café é benéfica devido aos demais componentes do produto como minerais e os ácidos clorogênicos que atuam diretamente no cérebro estimulando a concentração, memória e a atenção. O consumo de cafeína moderado é seguro. A quantidade ideal são 500mg diários como sugestão de uma xícara às 8h, 10h, 13h e 15h.

O médico Darcy Lima explica ainda que os Estados Unidos são os maiores consumidores de café. Porém, a parcela que ingere o produto está no grupo dos que lideram o alcoolismo e o suicídio. Com recursos oriundos do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento, estudos serão desenvolvidos a partir de agora, marcando uma nova fase da cafeicultura brasileira. Como resultados são esperados aumento da tecnologia, melhoria da qualidade do produto, reeducação alimentar do consumo do café e a conseqüente redução de doenças.

Outro palestrante, o médico Mario Maranhão, professor titular de Cardiologia da FEMPAR e da UFPR, divulga que as mulheres estão no grupo de risco de depressão e infarto. "Até então as mulheres não eram consideradas vítimas dessas doenças, porém vários fatores as levaram para o grupo de risco como a diversidade de compromissos e o tabagismo", diz Maranhão. Ele afirma ainda que os primeiros estudos sobre depressão vão ser divulgados no primeiro trimestre de 2004 em evento organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Espero ter em 2005 a divulgação detalhada sobre o estudo Café e Coração, no Congresso Internacional de Saúde" prevê Mario Maranhão. Esses estudos fazem parte do Núcleo de Pesquisa patrocinado pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento.

Jornalista: Flávia Bessa - Reg. Prof.: 4469 MTb/DF Área de Comunicação e Transferência de Tecnologia da Embrapa Café Tel.: (61) 448-4551 E-mail: flavia.bessa@embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Café 

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