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Projeto Genoma Café: a inclusão tecnológica do pequeno produtor

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Um dos destaques do segundo dia do III Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil foi a discussão das prioridades do Projeto Genoma Café, que está sendo decifrado pela EMBRAPA, EPAMIG, IAC, IAPAR, INCAPER, UFLA, UFV, UNESP, UNICAMP, USP, com o apoio do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). As prioridades de pesquisa apresentadas e debatidas foram a obtenção de cultivares melhoradas através de métodos tecnológicos, os estudos da evolução e da diversidade de genomas do gênero Coffea, variedade usada para aumentar variabilidade existente das cultivares elite, estudos fisiológicos e genéticos da multiplicação de cultivares híbridas melhoradas, utilização das seqüências do projeto Genoma para selecionar plantas com variedades agronômicas desejáveis com menor custo e tempo, mapeamento físico e genético do café, identificação dos genes relacionados com resistência a condições ambientais adversas, genes envolvimento na produção de cafeína, ácidos clorogênicos e carboidratos e identificação de genes envolvidos em crescimento e desenvolvimento, resistência a doenças e nematóides.

Esse trabalho de pesquisa é importante porque permitirá ao Brasil conquistar a liderança genética do café em nível mundial a partir da geração de tecnologias sustentáveis derivadas do conhecimento gerado pela pesquisa, em benefício de pequenos produtores e dos sistemas de produção associados ao café. O objetivo é desenvolver variedades resistentes a pragas e doenças, tolerantes a estresses ambientais, com maturação uniforme e melhores qualidades organolépticas – aroma e sabor - e características nutracêuticas do grão - teores de cafeína e ácidos clorogênicos, levando a uma melhor qualidade da bebida e agregando valor ao produto. As pesquisas se concentram em Coffea arabica, que responde por cerca de 70% da produção nacional. Entretanto, também estão sendo obtidas seqüências de C. canephora e C. racemosa, espécies que apresentam resistência a algumas pragas e doenças e outras características de elevado interesse agronômico.

Até o momento, já foi alcançado cerca de 70% da meta estipulada no início dos trabalhos, em março de 2002. Mil e dez seqüências de boa qualidade já se encontram depositadas em banco de dados gerido pela UNICAMP. A previsão de conclusão é para dezembro de 2003. O desafio atual, a utilização dos dados gerados pelo projeto, é o foco de uma nova e excitante área de pesquisa chamada genômica funcional, que demandará os conhecimentos de pesquisadores de várias disciplinas para responder questões relativas às funções dos genes e como estes interagem entre si e com o ambiente. O Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café já está financiando quatro novos projetos que utilizarão estes dados para estudar os genes envolvidos no metabolismo de açúcar no grão de café e os que controlam o florescimento do cafeeiro.

Assessoria de Imprensa do III Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil Tel: (73) 288-8430 E-mail: flavia.bessa@embrapa.br ou vgaassessoria@varginha.com.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Café 

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