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Controle biológico de plantas aquáticas é tema de palestra

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresentará palestra nesta terça-feira, dia 13 de maio, em Brasília, sobre o desenvolvimento de um agente de controle biológico para plantas aquáticas submersas. Os resultados apresentados fazem parte da tese de doutorado do pesquisador Carlos Borges Neto, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF). O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Controle Biológico de Plantas Daninhas da UNESP – Campus de Jaboticabal-SP, sob a orientação do Prof. Robson Pitelli.

As plantas aquáticas, submersas ou não, podem trazer muitos problemas para os ecossistemas e para o meio ambiente. O crescente descarte de efluentes orgânicos em corpos d água favorece o processo de eutrofização, onde plantas e algas se desenvolvem em ritmo acelerado. As macrófitas que ficam na superfície da água servem de criadouros para mosquitos e borrachudos, pois fornecem locais para a fixação das larvas , bem como ambientes sombreados, propícios para a postura dos ovos desses insetos. As plantas submersas são as mais danosas, pois reduzem o fluxo dos cursos de água, proliferam rapidamente e são muito difíceis de controlar. A utilização de herbicidas químicos é praticamente inviável, devido ao elevado custo e ao impacto ambiental negativo da utilização desse tipo de produto em corpos de água.

No trabalho experimental, foram realizados diferentes estudos acerca do efeito do fungo Fusarium graminearum como agente de controle biológico de duas plantas aquáticas submersas Egeria densa e Egeria najas, em três grupos de ensaios: efeito de condições abióticas: fotoperíodo, temperatura e pH; efeito de condições bióticas: idade da planta e concentrações de inóculo; e efeito de adjuvantes e a associação com herbicidas no crescimento e infectividade do fungo.

As plantas aquáticas estudadas vivem em água doce, são importantes pela sua abundância e pela formação de densas redes de ramos entrelaçados, que em muitas regiões, dificultam a navegação e a pesca. Também interferem e causam sensíveis prejuízos nos sistemas de geração de energia elétrica.

Segundo Borges Neto, os resultados obtidos sobre fatores abióticos (temperatura, fotoperíodo, pH) e bióticos (idade da planta, concentração de inóculo) associados à patogenicidade de F. graminearum, bem como a utilização de herbicidas químicos e/ou adjuvantes adicionados ao inóculo, levaram à identificação de variáveis capazes de viabilizar este fungo como agente regulador de populações de E. densa e E. najas em corpos hídricos a médio e longo prazo.

A palestra será apresentada às 10 horas no Auditório Central da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, situado no Parque Estação Biológica, final da Av. W5 Norte em Brasília (DF). Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (61) 448-4662 ou pelo endereço eletrônico cabral@cenargen.embrapa.br

Mais informações: José Manuel Cabral de Sousa Dias, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Telefone: (61) 448-4770 E-mail: cabral@cenargen.embrapa.br  

Tema: Fatores e Insumos\Defensivos e Controle Biológico 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/