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Convênio beneficia comunidades rurais de Tocantins

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A Embrapa Cerrados (Planaltina/DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está iniciando um projeto junto a comunidades rurais do Tocantins conjuntamente com o Governo Estadual e a Jica (agência de cooperação internacional japonesa). A parceria será firmada em cerimônia em Palmas (TO) no dia 6 de maio, a que estarão presentes o diretor executivo da Embrapa Gustavo Chianca, o conselheiro da Agência Brasileira de Cooperação – ABC José Piras, o coordenador de cooperação técnica do Japão no Brasil, Hiroshi Matsutani, e o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, além do chefe geral da Embrapa Cerrados, Carlos Magno Campos da Rocha.

Na oportunidade, será inaugurado, com uma placa alusiva à data, o escritório central do projeto, localizado no Escritório Regional do Instituto de Desenvolvimento Rural de Tocantins - Ruraltins . Será feita a apresentação do projeto e a entrega de três carros que vão atender ao programa. Além desse escritório, haverá dois outros em funcionamento, em Pium e Natividade. A Fundação Universidade de Tocantins (Unitins), que também compõe a parceria, cederá recursos humanos. De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados José Luiz Fernandes Zoby, coordenador técnico do programa, o objetivo é promover o desenvolvimento do pequeno produtor rural do Estado.

Inicialmente, foram escolhidos os municípios de Pium e Natividade. Entre seis e 12 comunidades rurais deverão ser atendidas em cada um deles, e as áreas abrangidas são representativas da diversidade ecológica e dos sistemas de produção encontrados no Tocantins. Zoby espera que, dentro de três anos, o programa seja expandido para outros municípios.

Este não é o primeiro projeto da Embrapa Cerrados para o apoio ao desenvolvimento do pequeno produtor. Um trabalho em Silvânia (GO), que envolveu cerca de 600 famílias e funcionou entre 1986 e 1998, mostrou que é possível aumentar o desenvolvimento das comunidades de pequenos agricultores.

O pesquisador Marcelo Leite Gastal explica que, entre os resultados, houve a formação de 16 associações de produtores, todas com trator comunitário, além de uma central de associações, maior articulação para captação de recursos, aquisição de equipamentos e insumos e lavouras comunitárias. Gastal dá um exemplo de como a organização favorece os produtores: "Eles passaram a fazer compra coletiva de produtos, com até 20% de economia para o adubo e 30% no sal mineral e no farelo de algodão".

Outro resultado dessa experiência foi a criação de fábricas: uma de farinha de mandioca e polvilho, uma de doce e outra de queijo. No entanto, por falta de projetos mercadológicos, as fábricas fecharam.

Esse aspecto foi incluído no projeto seguinte, voltado para assentamentos de reforma agrária na região de Unaí (MG), iniciado em março do ano passado, em parceria com o Incra, a UnB e o CNPq. Gastal está convencido de que, para desenvolver uma comunidade de pequenos produtores, são necessários três fatores: apoio à organização social, acompanhamento de uma rede de fazendas de referência para dar suporte tecnológico aos produtores e apoio à comercialização da produção. Este é o modelo que será seguido em Tocantins.

Jornalista Vivian de Moraes - MTb 294.621 Embrapa Cerrados Telefone: (61) 388 9953 Email: vivian@cpac.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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