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Controle biológico de mosquitos por bactérias é tema de palestra

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Universidade de Brasília promovem hoje, 22, a palestra "Interações entre toxinas de bacilos e receptores celulares de mosquitos" que será apresentada pela pesquisadora da Fiocruz (Recife, PE), Maria Helena Neves Lobo Silva-Filha. O evento acontece, às 16 horas, no auditório do Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Celular da UnB.

Maria Helena, há mais de 10 anos, trabalha com programas de controle biológico de mosquitos e estuda as interações entre as toxinas e os receptores de membrana para determinar possíveis efeitos de resistência das células aos componentes das toxinas e também para determinar modos de aumentar a interação e, eventualmente, aumentar a toxicidade das proteínas e potencializar a atividade tóxica sobre as larvas.

Há duas espécies bacterianas que são utilizadas em programas de controle biológico de mosquitos em diversos países, inclusive no Brasil. Essas bactérias são: Bacillus sphaericus, indicado especialmente para o controle do mosquito urbano e dos mosquitos transmissores da malária e o Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), indicado especialmente para o controle do mosquito da dengue e dos borrachudos.

A utilização de bacilos para o controle biológico de insetos é muito importante, do ponto de vista ambiental e de saúde pública, pois essas bactérias não causam efeitos negativos ao meio ambiente e, ao contrário dos inseticidas químicos, são inofensivos para os seres humanos, animais domésticos, peixes, aves, etc.

No Brasil, têm sido utilizados produtos à base de Bti em programas de controle do mosquito da dengue (Aedes aegypti) conduzidos por Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, sob orientação da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), com bons resultados

Os bacilos apresentam atividade entomopatogênica devido à produção, durante a fase de esporulação, de estruturas protéicas denominadas pró-toxinas. Estas estruturas são ingeridas pelas larvas dos mosquitos e o intestino das mesmas, sofrendo a ação de enzimas, se transformam em proteínas que se interligam a receptores situadas nas membranas celulares e causam desarranjos nessas células, que levam à paralisia e à morte das larvas.

Mais informações: José Manuel Cabral de Sousa Dias Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Telefone (61) 448-4660 Endereço Eletrônico: cabral@cenargen.embrapa.br  

Tema: Fatores e Insumos\Defensivos e Controle Biológico 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/