01/05/03 |

Rastreabilidade bovina confere qualidade à carne brasileira

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Tecnologia está sendo apresentada aos produtores rurais no estande da Embrapa
Barreiras para a exportação da carne e a competitividade da pecuária levaram a pesquisa a desenvolver ferramentas tecnológicas de alta precisão para disseminar a produção de um alimento de qualidade e a inclusão de produtores rurais brasileiros em mercados internacionais.  A rastreabilidade bovina é uma dessas tecnologias que está sendo demonstrada na 39ª Expoagro, no estande da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizada em Dourados, MS, de 22 de maio a 1º de junho.

A Embrapa implantou uma área de 2.250 m² para simular a estrutura de uma fazenda, demonstrando as mais recentes tecnologias relativas à integração agricultura/pecuária, um sistema de produção conduzido em Plantio Direto que beneficia ambas as atividades. Neste espaço, além do cultivo de culturas de inverno e variedades de pastagens recém-lançadas,  foi montado um piquete para o gado, onde o veterinário Andrey Zollmann, representando a Embrapa Gado de Corte, está demonstrando os princípios da rastreabilidade bovina aos participantes da Exposição, detalhando os resultados de estudos desta unidade de pesquisa, coordenados pelo pesquisador Pedro Paulo Pires. A rastreabilidade é feita através de um chip eletrônico colocado no boi, que pode ser externo - acoplado a um brinco, ou interno - inserido no rúmen do animal. Este chip vai carregar toda a informação de vida do bovino, sua origem, alimentação, manejo de vacinação, etc, cujos dados são alimentados através de um programa de informática específico. A leitura dos dados é feita através de um sistema instalado, geralmente, no curral, que identifica o animal quando este está presente.

Uma conseqüência da rastreabilidade é conseguir exportar carne para um mercado mais exigente que é, hoje, a União Européia. Porém, segundo Andrey, a principal função da rastreabilidade é a do controle sanitário, principalmente a erradicação de doenças que existem no Brasil a campo, como brucelose e tuberculose (que são zoonoses, ou seja, transmissíveis ao homem. "Isso sem falar da aftosa, que é a principal barreira imposta aos países do Terceiro Mundo para a exportação de carne. Ganhar um mercado é apenas uma conseqüência de um trabalho de bom gerenciamento", diz.

A rastreabilidade bovina é uma ferramenta para controle efetivo da propriedade, individualizada por animal, sem erros, dispensando o uso de fichários, de papéis, etc. "Assim que o produtor acaba o seu dia de serviço, ainda no curral, pode tirar rapidamente uma lista de quem não veio ao mangueiro, por exemplo, permitindo que ele assegure um dado tratamento a todos os animais. Esta informação, aliada às do histórico sobre onde estes animais viveram e foram alimentados, possibilitará a ele controlar focos de epidemias, como os de aftosa, permitindo um combate mais rápido e efetivo. E em doenças contagiosas, o tempo de combate ao foco é fundamental". O estande da Embrapa estará montado até amanhã (1º/06), no campo da Expodinâmica, onde os produtores rurais terão explicações detalhadas do funcionamento desta nova ferramenta tecnológica.

Mais informações Área de Comunicação Empresarial Embrapa Agropecuária Oeste Fone: (67) 425-5122 sac@cnpo.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Pecuária e Pastagens\Gado de Corte 

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