A colheita dos grãos de ouro já está começando. Só no Estado de Goiás, os girassóis estão espalhados por 35 mil hectares. No Centro-Oeste, são 60 mil hectares de cultura. De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Renato Amabile, uma boa colheita pode ser garantida com técnicas simples e já conhecidas dos produtores brasileiros.

"A colheita deve ser vista como uma fase em que pode haver perdas qualitativas e quantitativas", alerta o pesquisador. O primeiro cuidado que Amabile sugere é que o produtor faça a colheita quando a umidade dos grãos esteja por volta de 13%. Ele lembra que grãos colhidos fora desse padrão podem estar sujeitos a doenças e sofrer problemas de comercialização.

Uma tecnologia de baixo custo desenvolvida pela Embrapa Soja é uma aliada importante para o produtor na hora da colheita. Existem plataformas específicas para o corte de girassol, de alto custo, mas a colheita pode ser feita com a adaptação de uma plataforma de milho, o que promove uma redução nas perdas que ocorrem com o uso de plataformas não-específicas.

De acordo com Amabile, as perdas podem chegar a 10% sem o uso de uma plataforma apropriada. Com uma máquina importada, a perda é de 1%. A plataforma desenvolvida pela Embrapa gera a perda de apenas 1,5% dos grãos. Amabile explica que, para adaptar uma plataforma para a colheita de girassóis, basta arrebitar folhas de flambres na máquina, fixar facas utilizadas na plataforma de arroz em sua corrente e, se necessário, utilizar partes de pneus na boca da plataforma.

Jornalista Vivian de Moraes - MTb 294.621 Embrapa Cerrados Telefone: (61) 388-9953 E-mail: vivian@cpac.embrapa.br